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Roda de Conversa: Memórias de Negros estimula discussão sobre representatividade negra na UFOP

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Na última quarta (23), o projeto da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace) “Roda de Conversa: Memórias de Negros” reuniu pesquisadores, docentes e discentes de diversos cursos no auditório do CEAD, campus Morro do Cruzeiro, para discutir “Memória e Ancestralidade” no âmbito da representatividade negra em acervos de museus.

O projeto é uma parceria entre o Programa de Incentivo à Diversidade e Convivência (Pidic) da Prace, o Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas (Neabi) e o Departamento de Educação e Tecnologias (Deete), e reúne em sua organização alunos de cursos como Turismo, Jornalismo e Pedagogia. Os debates pretendem abordar as formas como as comunidades universitárias, em especial a Universidade Federal de Ouro Preto, podem colaborar para divulgar, organizar, estudar e valorizar lugares e experiências de preservação da memória negra, que, na maioria das vezes, são criados e mantidos por moradores dos territórios da periferia, de vilas e de favelas.

O primeiro encontro teve como convidados a professora Nila Rodrigues, pesquisadora da Faculdade Estácio de Sá, em Belo Horizonte; o padre Mauro Silva, idealizador do Museu dos Quilombos e Favelas Urbanos (Muquifu), também em BH; e o engenheiro Eduardo Evangelista, idealizador da Mina Du Veloso, em Ouro Preto. A mediação foi realizada por Sidnéa Santos, historiadora e mobilizadora cultural da Secretaria de Cultura e Patrimônio de Ouro Preto. No debate, foi feita uma reflexão sobre como as representações cenográficas em museus muitas vezes deixam os negros em segundo plano, num espaço em que, na verdade, são protagonistas.

De acordo com a professora Janete Fonseca, coordenadora do projeto, os debates têm como principal objetivo repensar a representação negra na cidade de Ouro Preto. “Em um primeiro momento, pretendemos conhecer os projetos de representação negra. Num segundo momento, traremos [por exemplo] de representantes da música, da religiosidade ouro-pretana, dos representantes de coletivos e de ativismo cultural. Queremos conhecer essas pessoas, integrá-las ao espaço universitário, onde defendemos a mesma luta. E assim poderemos fortalecer a nós mesmos, como pessoas negras, e aos projetos de pesquisa e extensão que têm a temática étnico-racial na UFOP”, comenta.

A foto de divulgação do evento abriu espaço ainda para homenagear a vereadora Marielle Franco, e protestar contra seu assassinato, em março deste ano. A suspeita é que o crime tenha ocorrido por motivação política.

Estiveram presentes 40 pessoas e houve transmissão pelo YouTube. 

Os próximos encontros serão anunciados na página do projeto no Facebook e também serão transmitidos via internet.

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