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Alunos de Jornalismo ganham 1°, 2º e 3° lugares no 10º prêmio Délio Rocha

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Jornal Lampião
Com: 
Luiza Boareto

Os alunos foram premiados no 10º Prêmio Délio Rocha de Jornalismo de Interesse Público. As reportagens vencedoras na categoria estudante, a mais concorrida, foram publicadas no jornal laboratório Lampião e na revista laboratório Curinga. 

Em 1° lugar, a reportagem "Marcas invisíveis", produzida por Mariana Viana e Luísa Campos, apresenta os efeitos psicológicos do rompimento da barragem de Fundão para os moradores de Barra Longa. Com um longo trabalho de apuração, as estudantes criaram laços com as pessoas e ganharam a confiança de quem vinha sendo alvo de trabalhos irresponsáveis que espetacularizavam a tragédia.  

"Estamos muito felizes com essa premiação, porque mostra que o jornalismo humano, que suja os sapatos e vai a campo, é muito necessário e está vivíssimo", assinalam.  

Com uma cobertura humanizada, com respeito e empatia, as alunas acreditam que a reportagem deu certo por alinhar texto, foto e arte. "É importante dizer que nada seria possível sem a orientação de nossas professoras (Karina Barbosa, Talita Aquino e Ana Carolina Lima Santos), que nos deram muito suporte, além das fotografias da Paula Locher e a diagramação da Gabriela Vilhena", destacam. 

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Rodrigo Sena
Estudantes Flávio Ribeiro e Mariana Viana


Flávio Ribeiro e Thamiris Prado conquistaram o 2° lugar com "Frágil Equilíbrio". De extremo interesse público, a matéria aborda a presença da Samarco na região de Mariana e como era Bento Rodrigues antes da tragédia. "O prêmio deixa ainda mais claro que o jornalismo em que acreditamos deve nortear não só nosso ponto de partida, mas também a escolha final enquanto profissionais", explica Flávio, completando que "enquanto estudantes, a experiência do laboratório em jornalismo e o suporte de professores excelentes ajudam muito para pular algumas barreiras — como a falta de transparência de quem detinha as informações — e o tempo que parece correr sempre mais nessas ocasiões. São às pessoas dos bastidores, colegas e professores que dedico o significado deste prêmio", diz Flávio.  

Já o estudante Aleone Higídio alcançou o 3º lugar. A reportagem "O preconceito que mata" reporta a LGBTfobia e a falta de criminalização para violências físicas e psicológicas que eles sofrem por serem quem são. Aleone enfrentou grandes dificuldades durante o processo de pesquisa de dados oficiais. "Tinha muito material e muitos relatos de violência para pouco espaço na revista. Isso faz parte das escolhas jornalísticas na hora de pensar o que deve entrar e o que deve sair na matéria", explicou Aleone. Por abordar um assunto complexo, a grande felicidade do estudante "foi poder vivenciar e escrever uma reportagem completa sobre uma temática a qual o poder público parece não agir de forma correta diante de tais brutalidades", comemora.  

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