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Abertura do I Simpósio Quintais aborda visibilidade midiática e reconhecimento em produções audiovisuais

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Lívia Ferreira
Com o tema "Crítica da Cultura Audiovisual - visibilidade midiática e reconhecimento", a mesa de abertura do I Simpósio Quintais: Mídia, Arte e Resistência contou com a participação da professora e pesquisadora da Escola de Comunicações e Artes da USP Rosana de Lima Soares e foi mediada pelo professor e pesquisador do curso de jornalismo da UFOP, Cláudio Coração. A palestra ocorreu na noite desta segunda-feira (12), no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA), em Mariana.
 
O tema da palestra faz referência a uma pesquisa que a professora desenvolve há cerca de dois anos, envolvendo a análise de produtos audiovisuais dos gêneros documentário e reportagem, em que pretende interpretar narrativas, pensando em seus modos de produção, circulação, apropriação, deslocamento dos discursos fixados nessas produções, e em como se conectam com temáticas sociais. A partir da consideração de conceitos como crítica da mídia, estigmas sociais e discursos, foram exibidos trechos dos documentários "Cidade Cinza" (2013), de Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo, e "Pixo" (2010), de Roberto T. Oliveira, além das reportagens do Profissão Repórter e da Globo News sobre grafite e pixo, para exemplificar os conceitos. 
 
As produções e a ideia de estigmas sociais foram a base para se pensar sobre reconhecimento e visibilidade dos indivíduos a partir das perspectivas desses sujeitos que narram suas próprias histórias ou são narrados e/ou representados por outros. "Esse lugar da visibilidade possibilita que algumas obras sejam mais ou menos reconhecidas. É importante pensar quais estratégias estão sendo utilizadas nas lutas identitárias, ligadas à questão da visibilidade, e nesse espaço de disputa por reconhecimento, quando saímos do espaço só midiático, e chegamos também a esse campo social, onde o reconhecimento e a visibilidade são bastante presentes nos discursos da mídia”, defendeu Rosana.  
 
A professora ressaltou ainda o poder de atuação do discurso, que se configura não somente como representação, mas também como ação, porque "opera, convoca e aciona", sendo algo que interfere socialmente, articula relações sociais embasadas em crenças e conhecimentos prévios, "representando algo que já existe no tecido social, mas deslocando e propondo novos modos de representação".
 
O I Simpósio Quintais: Mídia, Arte e Resistência é uma iniciativa do grupo de pesquisa "Quintais: Cultura da Mídia, Arte e Política", em parceria com o Coletivo "(R)existir é preciso" - Programa Cultura e Resistência e com o Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFOP. Para o professor Cláudio Coração, o evento é uma ação importante para "reafirmar o papel e o lugar que ocupamos na Universidade, assim como as ações dela para a comunidade, além de pensar como a pesquisa pode ser um elemento importante não só de resistência, mas de afirmação desse lugar". 
 
O evento ocorre até quarta-feira (14) e conta com apresentações de pesquisas, minicursos, exposição, entre outras atividades com o objetivo de propor reflexões sobre mídia, arte e resistência. Confira na íntegra a programação.

 

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