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Programação Cine Vila Rica

Data: 
25/04/2022 - 18:00 até 29/04/2022 - 19:30
Descrição: 
Em homenagem ao ativista político estadunidense e líder do movimento dos direitos civis, Martin Luther King Jr., o Cine Vila Rica realiza a mostra gratuita e comentada "I have a dream!". O curador é o professor de Geografia da educação básica Leandro Andrade Cardoso.
 
A Mostra prevê a exibição de seis filmes, sendo três sessões comentadas.
 
Confira a programação:
 
 
Segunda-feira - 25/04:
18h: 12 anos de Escravidão, de Steve McQueen
Após a exibição comentários de Leandro Andrade Cardoso
Terça-feira - 26/04:
18h: Amistad, de Steven Spielberg
Quarta-feira - 27/04:
18h: Histórias Cruzadas
Após a exibição comentários de Sandra Fosque e Solange Palazzi
Quinta-feira - 28/04:
18h: Mississipi em chamas, de Alan Parker
Após a exibição comentários de Gilson Moutinho - professor de História
Sexta-feira - 29/04: 
17h30: Sessão Infantil - Luca (Sexta-feira)
19h30: Selma, de Ava Duvernay
 
O cinema fica aberto de segunda a sexta, das 14h às 22h. Para mais informações, acesse o site do Cine Vila Rica.
 
A homenagem
 
A HOMENAGEM - A escravidão de negros foi uma instituição legal em países americanos como os Estados Unidos e o Brasil, durante séculos. Nos Estados Unidos (América Britânica), ela existiu por mais de 300 anos: os primeiros negros africanos chegaram aos país em 1526. Filmes como "12 Anos de Escravidão" (2013), de Steve McQueen, e "Nascimento de uma Nação" (2016), de Nate Parker, abordam, por meio de histórias reais, os horrores do escravismo colonial. Após a eleição de Abraham Lincoln, em 1860, sete estados romperam com a União antes que ele assumisse o cargo, temendo que Lincoln implementasse leis antiescravagistas. Posteriormente, outros quatro estados sulistas se uniram a eles, formaram os Estados Confederados da América, com um discurso conservador que visava manter a instituição da escravidão. O que se seguiu foi uma guerra civil que durou quatro anos e matou mais de 600 mil pessoas. Após a Guerra de Secessão Norte-Americana, em 1865, foi aprovada a 13ª Emenda à Constituição Americana, abolindo a escravidão em todo o território dos Estados Unidos.
 
Contudo, essa 13ª Emenda, em seu texto que diz que "Não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado.", deixava margem para que a instituição da escravidão se mantivesse viva por meio do encarceramento da população negra, como mostra o documentário homônimo dirigido em 2016 pela cineasta Ava Duvernay. Atualmente, os Estados Unidos têm 2,3 milhões de pessoas em situação de prisão, ou seja, mais de 25% de todos os presos do planeta. Desse total de população presidiária, 40% é formada por negros, que representam apenas 12% da população total do país. Além disso, a abolição da escravidão não extinguiu o racismo que sua instituição enraizou naquela sociedade.
 
A segregação racial, isto é, a separação entre negros e brancos, se manteve, principalmente por meio das leis "Jim Crow", promulgadas no final do século XIX e início do século XX nos estados sulistas por parlamentares do partido Democrata. A vida dos negros norte-americanos sob essas leis racistas é retratado nos filmes "No Calor da Noite" (1967), de Norman Jewinson, "Histórias Cruzadas" (2011), de Tate Taylor, e "Infiltrado na Klan" (2018), de Spike Lee. As leis "Jim Crow" exigiam instalações separadas para brancos e negros em todos os locais públicos, principalmente nos estados que faziam parte dos antigos "Confederados", e vigoraram até 1965, quando foram abolidas em resultado da ação dos movimentos pelos direitos civis, liderados por nomes como Malcolm X, Rosa Parks, James Baldwin.
 
Talvez o maior desses nomes tenha sido Martin Luther King Jr., um pastor protestante cuja vida de luta contra a desigualdade racial é retratada no filme "Selma" (2015), também dirigido por Ava Duvernay. Em 1963, ele participou da Marcha sobre Washington onde ditou seu famoso discurso "Eu Tenho um Sonho", aos pés do Memorial de Lincoln. No ano seguinte, ganhou o Prêmio Nobel da Paz por combater o racismo nos Estados Unidos. Odiado pelos racistas e segregacionistas estadunidenses, principalmente aqueles ligados à Ku Klux Klan, foi assassinato no dia 4 de abril de 1968, em Memphis, no Tenessee.

 

Local: 
Anexo do Museu da Inconfidência
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