A Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) foi criada no dia 21 de agosto de 1969, com a junção das centenárias e tradicionais Escola de Farmácia e Escola de Minas. Ao longo dos anos, cresceu e ampliou seu espaço físico, ganhando novos cursos, professores e colaboradores.
A Escola de Farmácia foi criada em 1839. Construída na antiga sede da Assembleia Provincial, local onde foi jurada a 1ª Constituição Republicana de Minas Gerais, a Escola foi a primeira faculdade do Estado e é a mais antiga da América Latina na área farmacêutica. Atualmente, seu setor administrativo, colegiado e diretorias estão localizados no campus Morro do Cruzeiro, em Ouro Preto. Os laboratórios e as salas de aula funcionam na sede da Escola, no centro da cidade, e no campus.
No ano de 1876, o cientista Claude Henri Gorceix fundou a Escola de Minas, primeira instituição brasileira dedicada ao ensino de mineração, metalurgia e geologia. Sediada no antigo Palácio dos Governadores, no centro de Ouro Preto, foi transferida, em 1995, para o campus Morro do Cruzeiro.
Desde 1970, o Centro Desportivo da Universidade (Cedufop) desenvolve atividades em parceria com vários cursos de graduação, mas só em 2008 foi possível a implantação do curso de Educação Física, com o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).
Em 1978 foi criado o curso de Nutrição, porém, a Escola de Nutrição foi fundada somente em 1994, com funcionamento no campus Morro do Cruzeiro. Já em 1979, na cidade de Mariana (MG), teve início o Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS). Localizado no prédio onde funcionava o Seminário de Nossa Senhora da Boa Morte, hoje o campus abriga os cursos de História, Letras e Pedagogia.
Em 1981, diante do interesse da comunidade pelo universo das artes, foi criado o Instituto de Artes e Cultura (IAC), instalado em um casarão do século XVIII, localizado no centro de Ouro Preto. Inicialmente, o Instituto oferecia o curso de especialização em Cultura e Arte Barroca, além de cursos livres de Música e Teatro. A partir da década de 1990, o Instituto iniciou seu processo de expansão com a implementação de cursos de graduação. Em 1993, foi criado o curso de Bacharelado em Filosofia e, a partir de 1994, o IAC passou a ser denominado Instituto de Filosofia, Artes e Cultura (Ifac). Em 1997, foi implantado o curso de Licenciatura em Filosofia. Nos anos seguintes, dois novos cursos de graduação passaram a compor o IFAC: o curso de Artes Cênicas, criado em 1998, com base na experiência acumulada pelos cursos livres de Teatro, sendo atualmente ofertado nas modalidades de Bacharelado em Direção Teatral, Licenciatura em Artes Cênicas e Interpretação. Já em 1999, foi criado o curso de Licenciatura em Música, consolidando uma demanda originada pelas atividades promovidas pelos cursos livres da área.
No ano seguinte, em 1982, no campus Morro do Cruzeiro, foi criado o Instituto de Ciências Exatas e Biológicas (Iceb), responsável, inicialmente, pelas disciplinas de graduação dos ciclos básicos dos cursos da Escola de Minas, Farmácia e Nutrição. Na atualidade, abrange também os cursos de graduação em Ciências Biológicas, Matemática, Ciência da Computação, Estatística, Física, Química e Química Industrial. Atende ainda às disciplinas básicas de cursos da área da saúde, como Medicina e Educação Física.
Na década 1990, cinco novos cursos passam a ser ofertados na UFOP. O primeiro é o de Direito, fundado em 1993, que ganhou recomendação da Ordem dos Advogados do Brasil, por meio da outorga do Selo da OAB. Em 1997, foi criado o curso de Engenharia de Produção em Ouro Preto. O mesmo curso foi criado também em João Monlevade, no Icea, porém em 2001. Ainda na Escola de Minas, em 1999, foram criados o curso de Engenharia de Controle e Automação e o de Engenharia Ambiental. Em 1999, foi criado o curso de Turismo, que, além de reforçar o papel da Universidade na região, promove uma visão voltada para o desenvolvimento integrado e sustentável do mercado turístico. Outra conquista foi a implantação da graduação em Museologia, em 2008, primeira de Minas Gerais. Suas atividades são realizadas também no Morro do Cruzeiro. Em 2013, os três cursos passaram a integrar uma única unidade acadêmica com o nome de Escola de Direito, Turismo e Museologia (EDTM).
No ano 2000, por meio do antigo Núcleo de Educação Aberta e a Distância, hoje Centro de Educação Aberta e a Distância (Cead), a Universidade implantou cursos de pós-graduação e graduação na modalidade a distância, abrangendo 90 cidades em Minas Gerais, quatro no estado de São Paulo e oito na Bahia. Atualmente, os cursos de graduação ofertados são Administração Pública, Geografia, Pedagogia e Matemática.
Em 2002, a Universidade, no processo de ampliação, inaugurou o campus avançado de João Monlevade, oferecendo os cursos de Sistema de Informação e Engenharia de Produção. Em 2009, dois novos cursos passaram a compor o Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas (Icea) campus de João Monlevade, Engenharia Elétrica e Engenharia de Computação.
Já em Ouro Preto, a Escola de Minas passou a ofertar mais dois cursos: Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Mecânica, ambos criados em 2008.
No início de 2013, foi criada a Escola de Medicina, no campus Morro do Cruzeiro, responsável por sediar o curso de Medicina. O curso, que surgiu em 2007 e funcionava junto com o Departamento de Farmácia, agora tem prédio próprio.
Por meio de sua adesão ao Programa Reuni, a UFOP criou mais uma unidade na cidade de Mariana, onde foram abrigados quatro cursos: Administração, Ciências Econômicas, Jornalismo e Serviço Social, que funcionam, desde 2008, no Instituto de Ciências Sociais e Aplicadas (Icsa).
Hoje, a UFOP oferece 51 cursos de graduação, sendo 47 presenciais e quatro a distância. Quanto à pós-graduação, são ofertados 24 cursos de mestrado acadêmico e oito profissionais, 15 opções de doutorado e 10 especializações. No total, são mais de 11 mil alunos, cerca de 800 técnicos-administrativos e aproximadamente 900 professores, entre efetivos e substitutos.
A UFOP busca trazer o século XXI a uma cidade com mais de 300 anos. Ao mesmo tempo, a proposta de preservação se reafirma através de projetos como a Oficina de Cantaria, que recupera importantes monumentos históricos, e o Fórum das Artes, que promove a reflexão sobre artes e patrimônio. O Museu de Ciência e Técnica, o Museu de Pharmácia e o Observatório Astronômico são importantes centros de conservação da memória e da cultura, que guardam um legado de conhecimento para a sociedade.
Reitores
O primeiro reitor da UFOP foi o prof. Antônio Pinheiro Filho, nomeado em 21 de agosto de 1969 e permanecendo no cargo até 1º de setembro de 1971. Até a presente data, esta é a relação de reitores com os seus respectivos mandatos na Universidade:
Início | Término | Reitor |
21/08/1969 | 01/09/1971 |
Prof. Antônio Pinheiro Filho
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01/09/1971 | 27/10/1971 |
Prof. Orlando de Magalhães Carvalho
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27/10/1971 | 17/10/1975 |
Eng. Geraldo Parreiras
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17/10/1975 | 31/01/1976 |
Prof. José Campos Machado Alvim
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31/01/1976 | 29/06/1979 |
Jornalista Theódulo Pereira
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29/06/1979 | 15/07/1982 |
Prof. Antônio Fagundes de Sousa
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15/07/1982 | 20/12/1984 |
Prof. Maurício Lanski
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20/12/1984 | 20/12/1988 |
Prof. Fernando Antônio Borges Campos
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20/12/1988 | 20/12/1992 |
Prof. Cristóvam Paes de Oliveira
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20/12/1992 | 20/12/1996 |
Prof. Renato Godinho Navarro
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20/12/1996 | 21/02/1997 |
Prof. Antônio Lima Bandeira (pro-tempore)
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21/02/1997 | 15/02/2005 |
Prof. Dirceu do Nascimento
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15/02/2005 | 22/02/2013 |
Prof. João Luiz Martins
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22/02/2013 | 22/02/2017 | Prof. Marcone Jamilson Freitas Souza |
22/02/2017 | 22/02/2021 | Profª. Cláudia Aparecida Marliére de Lima |
22/02/2021 | 20/02/2025 | Profª. Cláudia Aparecida Marliére de Lima |
20/02/2025 | Fev/2029 | Prof. Luciano Campos da Silva |