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Fórum das Letras se despede de Ouro Preto

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Foi encerrada, nesse domingo, 2 de novembro, a 10ª edição do Fórum das Letras, que este ano abordou a temática “Escritas em Transe”. Ao longo de cinco dias, mais de cem autores nacionais e internacionais e quase uma centena de atividades gratuitas como debates, apresentações teatrais, intervenções artísticas e oficinas, entre outras, movimentaram a cidade mineira. Os principais debates giraram em torno da articulação entre literatura e política, com discussões sobre a ditadura, censura e liberdade de expressão. Houve espaço também para conversas sobre o processo criativo e o impacto das novas mídias na produção literária.
 
“Foi uma edição emocionante. As mesas temáticas foram incríveis e fortes. O Fórum das Letras cumpriu seu papel no Brasil em um momento muito oportuno em que havia uma recepção intensa para as questões tratadas. O Fórum das Letrinhas também contou com uma programação diversificada, com esquetes teatrais, contações de histórias e a inauguração da Sala de Leitura no Morro de São Sebastião, em Ouro Preto”, destacou a idealizadora do Fórum das Letras, Guiomar de Grammont.
 
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Público prestigiou o evento - Foto Biel Machado 
 
A curadora Fórum das Letrinhas, Tereza Gabarra, também ressaltou a importância da inauguração da Sala de Leitura na Escola Municipal Morro São Sebastião, localizada no bairro homônimo, além da doação dos mil livros, por meio da parceria com o Instituto Oldemburg. Ela cita ainda a realização do primeiro Seminário de Educação Infantil, promovido pelo Fórum das Letras, com o apoio da Prefeitura Municipal de Ouro Preto. A programação do Fórum das Letrinhas contou com 19 atividades voltadas para escolas da rede pública e privada de Minas Gerais, com o objetivo de incentivar o hábito da leitura e acompanhar o processo de interpretação feito pelos alunos.
   
A maratona literária contou com seis diferentes atrações: Programação Principal, Ciclo Jornalismo e Literatura, Fórum das Letrinhas, Ciclo de Debates e #DasLetras, novo espaço dedicado especialmente para o público jovem. Paralelamente, foi realizado o Fórum das Letras Jurídicas, organizado pelo curso de Direito da UFOP. Entre os autores internacionais, participaram desta edição a espanhola Care Santos, o iraniano Mohsen Emadi, a hondurenha Julia Olivera, a portuguesa Lídia Jorge e o suíço Patrick Straumman. Entre os autores nacionais, participaram do evento Cláudio Aguiar, Elisa Lucinda, Frei Betto, Luiza Villaméa, Ricardo Kostcho, entre muitos outros.
 
O Brado Retumbante (Benvirá), o mais novo livro de Paulo Markun, foi lançado no evento. O trabalho registra a luta pela democracia no Brasil, entre o golpe de 1964 e a campanha das diretas, em dois volumes de mais de 400 páginas. Markun foi também uma das estrelas de diferentes atrações no Fórum das Letras. Na programação “Ciclo Jornalismo e Literatura”, ele participou da mesa “Escritas da Experiência”, com participação de Ricardo Kotscho e Lira Neto e mediação de Audálio Dantas. Além disso, foi um dos protagonistas do debate sobre o jornalista Vladimir Herzog; morto durante a Ditadura. No Cine Vila Rica, a trajetória recente do Brasil foi tema de debate entre os biógrafos Cláudio Aguiar, Mário Magalhães e o escritor Frei Betto, na mesa “Revelações à margem da História”.
 
Pelo segundo ano consecutivo, o Fórum das Letras contou também com a realização do Fórum das Letras Jurídicas, idealizado pelo curso de Direito da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), com a participação de Leonardo Sakamoto. Para o coordenador do Núcleo de Pesquisas em Direito do Patrimônio Cultural do Departamento de Direito da UFOP, Carlos Magno de Souza Paiva, o evento é um espaço democrático e promove cada vez mais a interação com diversos cursos da Universidade.
 
Mais informações sobre o evento estão disponíveis no site www.forumdasletras.ufop.br.