Criado por Administrator em qua, 13/05/2015 - 18:59
O Programa de Núcleo de Excelência
(Pronex), instrumento de estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento
científico e tecnológico do País, aprova a contratação da pesquisa
desenvolvida no Laboratório de Imunopatologia da UFOP. "Leishmaniose
Visceral Canina: programa interinstitucional para o desenvolvimento de
métodos de combate à endemia: abordagens imunofarmacológicas no
tratamento da doença" é o nome da pesquisa contemplada por mérito de
pesquisadores de excelência que têm reconhecimento profissional,
competência e tradição em suas áreas de atuação técnico-científica e
capaz de funcionar como fonte geradora e transformadora de conhecimento
científico-tecnológico para aplicação em programas e projetos de
relevância ao desenvolvimento do País.
Com o investimento de
R$346,5 mil, a pesquisa envolve imunofarmacologia e nanotecnologia
farmacêutica no desenvolvimento de vacinas para tratamento da doença
transmitida pelo protozoário leishmania spp. Com caráter de
desenvolvimento tecnológico, a pesquisa traz propostas à doença, como a
de transcrição do seu código genético. A ideia é estudar a transcrição
de animais doentes e tratados, buscando encontrar biomarcadores que se
manifestam no seu RNA e DNA. Esses estudos podem trazer informações
importantes para entendimento da doença e outras estratégias de vacinas e
tratamentos a serem desenvolvidos no País. Coordenado pelo professor da
UFOP, Alexandre Barbosa Reis, o estudo envolve mais de dez
pesquisadores da Universidade e possui parceria com outras instituições
(UFMG, UFES, UFVJM, UFJF e UNIFAL) e com a Fundação Oswaldo Cruz dos
Estados de Minas Gerais e Bahia.
Além do reconhecimento de
excelência de estudos realizados dentro do Núcleo de Pesquisas em
Ciências Biológicas (Nupeb) da UFOP, outra pesquisa intitulada
"Diagnóstico da leishmaniose visceral canina em larga escala por
citometria de fluxo: validação multicêntrica de um protótipo de Kit (Leishflow) e inovações nanobiotecnológicas empregando antígenos recombinantes (Leishplex)" foi desenvolvida nos laboratórios da Instituição e aprovada no Programa de Pesquisa para o Sistema Único de Saúde (PPSUS).
Os
estudos, que integram a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
Minas Gerais (Fapemig) com o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), o Ministério da Saúde e a Secretaria de
Estado de Saúde de Minas Gerais, possuem caráter aplicado no SUS a fim
de propor um kit de diagnóstico para leishmaniose visceral, desenvolvido
durante o mestrado em Ciências Farmacêuticas da UFOP por Henrique Gama. O
trabalho, tem objetivo de realizar ensaio multicêntrico do Leishflow. Os kits serão desenvolvidos em escala in house e possuem bula e design já formatados.
Com
o projeto, financiado por R$189.932, serão distribuídos kits em sete
unidades de pesquisa no Brasil. Os pesquisadores desses centros serão
escolhidos e treinados por cientistas da UFOP para aplicação do método
de diagnóstico desenvolvido a partir do produto. Após essa fase, os
pesquisadores imunologistas dos centros irão executar diagnósticos de
análise para verificar, em larga escala, o potencial dos resultados no
Sistema Único de Saúde e definir se, de fato, o kit é viável para ser
empregado no SUS. A pesquisa, de caráter no desenvolvimento tecnológico
voltado para a análise (teste do kit Leishflow), avança seus estudos mediante utilização de outra tecnologia: a nanotecnologia diagnóstica chamada Leishplex.

Kit para diagnóstico da leishmaniose viceral: leish flow - Foto: Carol Vieira
Desenvolvimento tecnológico
A nova proposta utiliza-se da leishmania em
pedaços, proteínas criadas em laboratório com o DNA recombinante que
separa o genoma (informação hereditária de um organismo codificada em
seu DNA) específico do parasita, diferente do Leishflow que se utiliza da leishmania íntegra
para o diagnóstico. Portanto, essas proteínas construídas serão ligadas
por polímeros (nanopartículas de plásticos). Por ter afinidade com
essas proteínas criadas, o plástico se ligará a elas por meio de
solventes - atividade denominada pelo professor coordenador Alexandre
Reis de "acoplamento da proteína recombinante às nanoesferas de
polímeros". Essas nanoesferas possuem cores e tamanhos diferenciados e
favorecem a utilização de várias proteínas, permitindo resultado capaz
de distinguir outras doenças nos cães, nos que foram vacinados e nos
doentes da leishmaniose visceral. "O kit Leishplex é uma evolução do Leishflow. A
utilização de tecnologia como essa (dos polímeros) permite avanços para
mapear quase todas as doenças nos cães. Em alguns países, a tecnologia
já é testada em humanos e foram identificadas, por enquanto, 30 a 40
doenças a partir da utilização de polímeros", afirma Reis.
Para saber mais sobre a doença, acesse a reportagem completa na edição de julho/agosto de 2014 do Jornal da UFOP, por meio da plataforma online ISSUU.



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