O revezamento da Tocha Olímpica teve início no começo do mês e após 37 cidades, chegou a Ouro Preto na sexta (13). Moradores e turistas ocuparam as ruas na expectativa de ver o fogo olímpico passando pela cidade. O clima dos Jogos Olímpícos estava espalhado pelas ladeiras da cidade histórica em um percurso de 19 pontos, terminando na sacada do Museu da Inconfidência, na Praça Tiradentes, com muita música e festa.
Dentre os condutores oficiais, seis são membros da comunidade acadêmica da UFOP: a aluna de Educação Física Lourdes Fernandes, ou Lurdinha como é conhecida; o aluno Mateus Xavier, que faz mestrado no Núcleo de Geologia (Nugeo); o aluno de Educação Física Bruno Pedroso; o professor de Educação Física, Paulo Ernesto Antonelli; o professor do Cead, Daniel Clark Orey, e o professor do curso de Museologia, Gilson Antônio Nunes. Os participantes foram convidados ou selecionados a partir de indicações da comunidade, no ano passado.
Estudantes da UFOP
Lurdinha é atleta profissional há mais de 15 anos e possui uma vasta experiência, colecionando mais de 600 títulos na carreira. A atleta fez o percurso pela Rua da Flores, e ovacionada pelos que estavam presentes, confessou “É uma emoção que não tem como explicar. É um dos momentos mais felizes da minha vida”.
Com o mesmo sentimento, Mateus, que foi o quinto condutor, assume que poder compartilhar o espírito olímpico com tantas outras pessoas foi sensacional. Ele ainda explica que foi convidado a carregar a tocha devido a sua página no Facebook "Meu amigo diabetiquinho". Lá, o mestrando conta sua experiência com o diabetes, que rapidamente ganhou muitas visualizações. “Nos vídeos, eu falo sobre tudo que passei ao longo da minha vida, detalhe por detalhe. Foi então que várias pessoas começaram a me enviar mensagens e resolvi criar a página pra poder compartilhar com essas pessoas tudo que eu sabia: novos tratamentos, sintomas de descontrole, receitas diet e por aí vai", relata.
Também aluno da Ufop e professor de Taekwondo, Bruno Pedroso foi convidado pela Secretaria de Esportes de Ouro Preto pelo trabalho desenvolvido com as crianças e adolescentes da cidade - que também estiveram presentes no revezamento da tocha acompanhando-o. Segundo Pedroso, foi uma honra, sem comparação, a oportunidade de levar a tocha. "Poder representar o Taekwondo, o meu mestre, meus alunos e minha familia no revezamento e ter meu trabalho reconhecido fazendo parte do Espirito Olímpico, utilizando da arte marcial um caminho para a construção do caráter educador social dos praticantes, foi inacreditável", finaliza.
Após a passagem por Ouro Preto, a Tocha Olímpica seguiu para Itabirito e terminou o dia no Instituto Inhotim, em Brumadinho - MG.
Cerimônia em Brasília
A professora do Centro de Educação Aberta e a Distância (Cead) da UFOP, Dulce Maria Pereira, participou da abertura dos Jogos Olímpicos em Brasília. Ela também é Coordenadora do Processo Formativo em Escolas Sustentáveis e Assessora de Relações Internacionais do Núcleo de Estudos Afro Brasileiros (NEAB). A convite do governo do Distrito Federal, ela acompanhou a política e ativista dos Direitos Humanos, a moçambicana Graça Machel, nas atividades. Graça é protagonista de processos de resolução de conflitos, pela paz e dá ênfase ao tratamento das relações socioambientais nos territórios pela comunidade escolar. Além disso, foi casada com o presidente de Moçambique, Samora Machel e é viúva do presidente Nelson Mandela.
Na oportunidade, Dulce participou também dos diálogos com a UNIPAZ, que poderão aprofundar com África do Sul e Moçambique, trabalhos conjuntos de cooperação na resolução de conflitos pela paz nos territórios com ênfase em sustentabilidade.