Ir para o conteúdo
Ir para o conteúdo
GovBR

Em mesa do Fórum das Letras, o cineasta João Moreira Salles fala sobre última obra do Eduardo Coutinho

Twitter icon
Facebook icon
Google icon

O documentário "Últimas Conversas" tem seu início com a entrevista do próprio cineasta Eduardo Coutinho. Montado por Jordana Berg e produzido por João Moreira Salles, a obra é uma memória póstuma do cineasta brasileiro, que faleceu após o término da filmagem do longa-metragem. Como parte da programação do Fórum das Letras, o cineasta João Moreira Salles contou como foi o processo de produção e finalização do documentário após a morte de Coutinho.

Os personagens do documentário eram estudantes da rede pública de ensino do Rio de Janeiro, que falam sobre diversos assuntos com o diretor. Coutinho passava por uma fase em que havia perdido o encanto pelo cinema, o que se refletia em seu trabalho. O cineasta acreditava que o filme que estava gravando estaria fadado a fracasso. Sentimento que vai se modificando no decorrer da obra.

"Esse é um filme que não teria sido feito por ele — eu e a Jordana, na produção do filme, explicitamos isso. Ele [o documentário] começa na morte e na mais absoluta escuridão. Ele está desinteressado, triste e à beira do fim. Não acredita mais na vida, porque sua conexão era via cinema.  O que acontece à medida em que o filme transcorre é que ele vai se entusiasmando, ganhando vida, enchendo de alegria e felicidade. São os personagens que devolvem a Coutinho o sentido que ele havia perdido no início", afirma João Moreira Salles.

Com o acesso ao material bruto, Joana e João começam a edição pouco tempo após a morte do cineasta, e constatam que a forma de fazer um filme mais sincero a partir do que Coutinho havia feito era, ao invés de recriar uma obra do diretor, assumir a autoria e levar em consideração o seu ponto de vista.

O cineasta - Nascido em 1933, em São Paulo, Coutinho teve seu primeiro contato com o cinema no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), aos 21 anos. Após ganhar um concurso de televisão, investiu o prêmio em um curso de direção, na França.

Ao retornar para o Brasil, o cineasta participou Centro Popular de Cultura (CPC), da União Nacional de Estudantes (UNE), e iniciou  a gravação de "Cabra Marcado Para Morrer", que foi interrompida pelo Golpe Militar de 1964.  Desenvolveu outros projetos como Santa Marta: Duas Semanas no Morro (1987), São Gonçalo - Boca de Lixo (1993), Santo Forte (1999), Babilônia 2000 (2000). Trabalhou como repórter e produziu filmes de ficção. Em fevereiro de 2014, Coutinho faleceu.

Veja também

4 Junho 2025

O professor Raoni Rocha Simões, do Departamento de Engenharia de Produção, Administração e Economia (Depro), teve três produções audiovisuais selecionadas...

Leia mais

3 Junho 2025

Os professores do Departamento de Engenharia de Produção da UFOP Thays Chagas, Raoni Rocha e André Silva realizaram um workshop...

Leia mais

29 Maio 2025

O Cine Vila Rica recebeu os alunos do 9º ano da Escola Tomás Antônio Gonzaga em uma visita para assistir...

Leia mais

28 Maio 2025

Realizado nos dias 22 e 23 de maio no Centro de Referência em Segurança Alimentar e Nutricional (Cresan), o minicurso...

Leia mais
Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.