A intensidade das mudanças que vivemos muitas vezes nos provoca sérios questionamentos: como lidar com as exigências para conseguir ou manter-se em um emprego, com o sentir-se solitário no cotidiano urbano, com a insegurança diante de políticas públicas que não agregam reivindicações e direitos sociais?
Diante de tais desafios, o Fórum das Artes de 2017 promove um Seminário que aborda as potencialidades das Artes e a das Culturas na promoção de experiências perpassadas de sentido biográfico e social, bem como de resistências à desqualificação de memórias, saberes e fazeres que não se adequem diretamente à dinâmica do espetáculo e da mercantilização. Sensibilidades emergentes ou marginais, criações pontuais, alternativas, em redes... Afinal, como atuam as Artes e as Culturas na contemporaneidade? Podem elas viabilizar uma existência permeada por afetos, concepções, projetos e práticas efetivamente compartilhados?
Para proceder a tal debate, o Seminário organizou cinco mesas temáticas, cada uma delas voltada para um eixo problematizador das Artes e das Culturas. Uma sexta mesa irá entrecruzar todas essas contribuições, compondo uma narrativa, em diferentes vozes, sobre a potencialidade das Artes e das Culturas como experiência e resistência no tempo presente. Em paralelo, será promovida uma visita guiada ao Museu Casa Guignard, com apoio de intérpretes de LIBRAS, bem como o trajeto expositivo “A música no Leste Europeu através dos diários de Carlota Santoro”, ações culturais que entrecruzam os cinco eixos problematizadores do Fórum.