A Pró-reitoria de Extensão (Proex) divulga a lista de alunos aprovados na seleção de apresentações culturais e ações de extensão voltadas para as áreas de arte, comunicação e cultura em espaços de bairros e distritos de Ouro Preto, Mariana e João Monlevade. As propostas selecionadas serão apresentadas durante o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana – Fórum das Artes, que será realizado de 6 a 22 de julho. Para este período, estão previstos eventos, oficinas e diversas outras atividades em Ouro Preto, Mariana e João Monlevade.
Foram submetidas 89 propostas para avaliação. Destas, 50 foram classificadas para a segunda etapa em Ouro Preto e Mariana e três em João Monlevade. A segunda etapa consistiu em uma audição/entrevista, na qual passaram 34 atividades. Os selecionados serão comunicados sobre a produção por e-mail e/ou contato telefônico.
HOMENAGEM – Neste ano, o Festival vai relembrar o Tropicalismo, movimento de ruptura que sacudiu o ambiente da música popular e da cultura brasileira entre 1967 e 1968. Seus participantes formaram um grande coletivo, cujos destaques foram os cantores-compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil, além das participações da cantora Gal Costa, do cantor-compositor Tom Zé e da banda Mutantes. A cantora Nara Leão e os letristas José Carlos Capinan e Torquato Neto completaram o grupo, que teve também o artista gráfico, compositor e poeta Rogério Duarte como um de seus principais mentores intelectuais.
O pró-reitor adjunto de Extensão, Wilson Pereira, conta que o legado desses artistas foi um dos aspectos que levou a organização do Festival a fazer essa homenagem. “Eles influenciaram e ainda influenciam novos artistas brasileiros. Além disso, grandes nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Gal Costa estão na ativa até hoje. Isso merece ser homenageado e lembrado durante o Festival”. Os 50 anos comemorados pelo Festival é pelo aniversário do álbum “Tropicalia ou Panis et Circencis”, lançado por Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé, acompanhados dos poetas Capinam e Torquato Neto, e do maestro Rogério Duprat, em julho de 1968.
Os tropicalistas deram um histórico passo à frente no meio musical brasileiro. A música brasileira pós-bossa nova e a definição da “qualidade musical” no país estavam cada vez mais dominadas pelas posições tradicionais ou nacionalistas. Contra essas tendências, o grupo baiano e seus colaboradores procuraram universalizar a linguagem da MPB, incorporando elementos da cultura jovem mundial, como o rock, a psicodelia e a guitarra elétrica.