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Cinemas em Rede exibe documentário sobre luta por causas ambientais

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Mylena Gonçalves
"Substantivo Feminino" foi o documentário exibido pelo projeto Cinemas em Rede, neste mês. Com direção de Daniela Sallet em parceria com o colombiano Juan Zapata, o longa resgata a história de Giselda Castro e Magda Renner, duas mulheres pioneiras na militância ambiental no Rio Grande do Sul e no Brasil. Além de imagens e áudios da época em que elas lutavam em defesa do meio ambiente, o filme trouxe depoimentos dos familiares das duas militantes, de outros ativistas brasileiros e de pessoas que conviveram com elas.
 
Após a exibição do documentário, Daniela Sallet participou do debate em conversa que foi transmitida para todas as instituições que participaram da transmissão. Ela respondeu perguntas sobre sua experiência na gravação do documentário, os retrocessos na luta pelas causas ambientais e o empoderamento das mulheres que militavam em plena ditadura militar. Alunos e professores de Educação de Jovens e Adultos (EJA) dos anos iniciais do ensino fundamental da Escola Municipal Monsenhor Dom Castilho Barbosa de Ouro Preto participaram da sessão e também fizeram perguntas à diretora. 
 
Pela primeira vez, Adelma Fernandes, aluna da escola, assistiu a um documentário que trata das lutas por questões ambientais. Ela se preocupa com a coleta seletiva, que hoje é assunto muito frequente no Brasil, mas, como ela aponta, não tão praticado. "O documentário chama a nossa atenção para ações que nós, cidadãos conscientes, precisamos mudar, além lutar e cobrar por melhorias."
 

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Mylena Gonçalves
A diretora participou de um debate transmitido para todas as Universidades.
 
Terezilda Pimenta é professora e assistiu ao documentário. Um dos fatores que chamou a sua atenção no filme foi o fato de que em 1975 já se falava em coleta seletiva. "O filme nos mostrou a necessidade de planejamento quando se fala do meio ambiente. Todos deveriam assisti-lo e praticar o que foi ensinado pelas protagonistas".
 
A professora de história Elizete Lima ressalta a importância da temática do documentário e do que foi aprendido pelos estudantes, que poderá ser trabalhado em sala de aula. "Vamos ampliar este debate e esperamos que os alunos tenham a visão de levar o aprendizado adquirido com este documentário. Esperamos que não fique somente na escola, mas que seja levado para a comunidade em que eles vivem", afirma. 
 
CINEMAS EM REDE - O projeto tem como prioridade a valorização e ampliação do acesso ao conteúdo cinematográfico brasileiro e a difusão do cinema nacional em diversas comunidades, principalmente as que não possuem salas de exibição. A UFOP valoriza essa integração entre universidades e comunidades, promovendo a ampliação da linguagem cinematográfica e as discussões que o audiovisual proporciona, seja no campo cultural, social, político etc.
 
As sessões são realizadas mensalmente e esta foi a última de 2019. O projeto volta no ano que vem.

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