O projeto Cozinha do Afeto foi fundado pouco antes da pandemia e tinha como principal finalidade recepcionar os novos alunos com oficinas culinárias presenciais. Devido à quarentena, o novo intuito é acolher os estudantes enquanto ainda estão em casa e promover uma atividade de baixo custo que resgate memórias afetivas através da culinária e da gastronomia. Para isso, estão sendo realizadas oficinas on-line.
Segundo a coordenadora do projeto, Sônia Figueiredo, a oficina de culinária traz o afeto, a convivência, a reinvenção do cotidiano nessa longa permanência da epidemia. "É uma necessidade real de reconstituição do olhar para a residência. Ela também mostra ser terapêutica e é um potente mediador dessas relações entre as pessoas no lar. Carrega uma memória dos familiares conforme o prato que a gente faz. Acho que isso pode ajudar a acolher melhor e integrar esses alunos, que muitas vezes ficam isolados dentro de casa", afirma.
Sônia é professora do Departamento de Alimentos (Deali). Lançou em 2017 o livro Saberes e sabores em oficinas culinárias, que foi construído com portadores de diabetes e traz receitas dinâmicas e saborosas que também resgatam a afetividade na culinária. Ela relata que foi a partir desse projeto que teve a ideia de criar o Cozinha do Afeto: "é por isso que criei essa ação voltada para trazer o afeto para a culinária para os alunos, porque eu vi que deu certo. Quando você prepara e saboreia um alimento, usa toda a sua criatividade e sentidos e muda sua postura."
São disponibilizadas aos alunos as
fichas técnicas e tabelas nutricionais de cada prato elaborado, o que dá a oportunidade de decidirem qual fazer, conforme o preço de cada receita.
O projeto conta com o apoio da Pró-Reitoria de Assuntos Comunitários e Estudantis (Prace) e pode ser acompanhado pelo
YouTube e pelo
Instagram.