Representantes do projeto "João Monlevade sem Dengue" são convidados da Universidad Nacional San Luis Gonzaga, de Ica, no Peru, para participarem de um evento de dez dias no país em novembro. O projeto é uma parceria da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) com as secretarias de saúde, educação e assistência social de João Monlevade, referenciado pela Organização Pan-Americana da Saúde, que realiza ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e do zika vírus.
O Peru enfrenta, em sua região desértica litorânea, um surto de dengue. A professora Maria Célia da Silva Lanna, do Departamento de Ciências Biológicas, coordenadora do projeto, afirma que nunca houve registros dessas doenças no Peru e que, portanto, o país não tem o mesmo preparo para combater o mosquito.
Além de Maria Célia, compõem a equipe o professor do Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas (Icea) Edgard Gregory, o colaborador da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) Rafael Aldighieri Moraes, além de outros colaboradores e bolsistas. Durante a participação da equipe do projeto no evento serão realizados trabalhos educacionais já realizados em João Monlevade, com material traduzido para o espanhol, inglês, quéchua e aymara — duas línguas indígenas — e em braile.
O projeto vai receber, em uma parceria entre a UFOP e a prefeitura de João Monlevade, uma impressora 3D que será utilizada na confecção dos materiais pedagógicos. Esses materiais vão desde kits e livros didáticos que mostram o ciclo de reprodução do mosquito até a realidade aumentada. Com caixas de areia interativas, os alunos podem modular o acúmulo de água parada e ver os ambientes propícios para a proliferação do mosquito. A implementação partiu do TCC do contribuinte do projeto e egresso do curso de Engenharia Elétrica da UFOP, Rafael Fernandes.