Após serem destaque na Olimpíada Nacional em História do Brasil Aberta (ONHB-A), estudantes de Mariana realizaram uma visita guiada no campus do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS). Entre os premiados estão alunos das escolas Dom Luciano, Bento Rodrigues e Adjetivo. Na versão aberta da ONHB deste ano os destaques foram ouro em equipe e ouro individual. Também houve destaque para escola pública: um ouro, uma prata, um bronze e dois cristais.
A Olimpíada busca ampliar o acesso ao conhecimento de história e oferece oportunidades como bolsas de iniciação científica júnior. Esta 3° edição da ONHB-A contou com a participação de 16 mil competidores de todo o país e todas as medalhas destinadas a Minas Gerais na modalidade de escola pública foram conquistadas pelos estudantes de Mariana.
A professora do Departamento de História (Dehis) Helena Mollo e coordenadora da Olimpíada em Mariana ao lado do também professor Marcelo Abreu, explica como funciona a competição. "Quando a tarefa semanal é divulgada, a primeira reunião acontece. Nessa reunião estão presentes os monitores remunerados, bolsistas voluntários, professores coordenadores das equipes e, neste ano de 2023, tivemos os discentes do Pibid". Segundo ela, "há uma discussão das questões no geral e dois dias depois há uma outra reunião para sanar dúvidas e debater mais um pouco das questões, e no sábado as respostas são enviadas".
Para Silvany Ferreira, ex-aluna da UFOP, professora de história e responsável por auxiliar os alunos na competição, essa conquista é um grande incentivo para a educação em Mariana, que impacta diretamente na autoestima dos estudantes e proporciona condições para competir nacionalmente. A professora ainda descreve a preparação e o desempenho dos alunos como um processo que envolve superação e envolvimento, destacando o empenho e os resultados alcançados.
VISITA AO ICHS - A visita mediada nas instalações do ICHS aconteceu na última quarta (13) e contou com a presença dos estudantes premiados, professores organizadores, bolsistas e voluntários. No dia, também estava presente o diretor do campus, Mateus Pereira, que destacou que é "emocionante ver adolescentes se apaixonando pela história e pelo conhecimento, ainda mais dentro desse Instituto, que é uma casa de instrução desde meados do século XVIII".
Mateus Pereira avalia que o impacto da Instituição na Região dos Inconfidentes vai do financeiro ao educacional. "Hoje, temos diversas ações de extensão, desenvolvemos, a partir do Centro de Extensão e Cultura de Mariana (Cemar), mais de 70 projetos de extensão". Ele enfatiza a importância da relação entre a Universidade e a comunidade. "Temos uma relação muito melhor do que nos últimos 10 a 20 anos; a inserção da Universidade com as escolas e com a comunidade é bastante potente e tem trazido diversos resultados positivos para ambos os lados", afirma.
O tour pelo ICHS foi guiado pela estudante de História Rhafaela Gonçalves e contou com explicações sobre a história de diversos pontos do campus, além de um aprofundamento sobre o Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Mariana e bate-papo sobre políticas de acesso à Universidade.
Rhafaela Gonçalves, que também é bolsista do projeto "As escolas de Mariana e a Olimpíada Nacional em História do Brasil", diz que "é muito visível a participação dos alunos no projeto e a importância dessa Olimpíada, principalmente porque ela ocorre durante uma semana inteira". A estudante explica que em vez de ser uma olimpíada de conhecimentos anteriores, nela você constrói conhecimento junto com a participação de outros membros. "Como fazemos o projeto junto com várias escolas, os alunos também criam um pensamento crítico muito forte e uma capacidade de argumentação muito boa, porque eles têm que discutir entre eles quais eles acham que são as questões certas".
Gustavo Duarte, Josiele Siqueira, Karoline Vitória e Thaislaine Cristina, alunos da Escola Dom Luciano, comentam que alegria e surpresa foram seus principais sentimentos após a vitória, além de motivação para participar da próxima edição. Os estudantes destacam a colaboração em equipe como uma das principais alavancas nessa Olimpíada. "A professora Silvany, as parceiras de equipe, a Rhafaela e algumas pessoas do IFMG e da UFOP nos ajudaram e apoiaram bastante".
Os alunos da escola Bento Rodrigues Alison de Souza, Laura Alves e Catarina Morelli contam que foi gratificante terem sido premiados após o esforço durante toda a semana da Olimpíada e enfatizam a importância do apoio e motivação da professora Silvany.