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Cerimônia da Biblioteca Municipal de Ouro Preto homenageia escritores ligados à Universidade

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Biblioteca Municipal de Ouro Preto
Foto de um homem com roupa representativa do século XVIII fazendo uma leitura dramática enquanto uma mulher assiste

A Prefeitura Municipal de Ouro Preto, por meio das secretarias de Educação e de Cultura e Turismo, em parceria com a Biblioteca Pública Municipal, inseriu 11 novos escritores que contribuíram para a literatura da região na tradicional Galeria de Escritores Beatriz Brandão. Entre os homenageados, quatro têm história na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP): a professora Guiomar de Grammont e os ex-alunos Alex Bohrer, Maristela Moreira de Carvalho, Otávio Machado e Valdete Braga.

Guiomar, além de escritora, é professora do Departamento de Filosofia da UFOP e criou o Fórum das Letras, evento literário tradicional de Ouro Preto, em 2005. Ela destaca o papel que a biblioteca teve em sua vida em Brasília, onde a ouro-pretana cresceu. "Muitas vezes, quando me procuravam pra me arrumar pra ir pra escola, eu já estava lá, na biblioteca! Então, considero o hábito de frequentar bibliotecas algo maravilhoso, que precisa ser incentivado nas crianças. Por isso fiquei muito feliz e honrada por ser homenageada na biblioteca municipal da minha cidade", comemora.

Guiomar é autora de, entre outros, "Os livros na minha vida" (ensaio, 2020), "Aleijadinho e o Aeroplano" (ensaio, 2008), "Sudário" (contos, 2006), "O fruto do vosso ventre" (contos, 1994, Prêmio Casa de Las Américas) e "Palavras Cruzadas" (romance, 2015, Prêmio Nacional de Narrativa do Pen-Clube 2017), publicado em espanhol, francês e alemão, além de "Mais pesado que o ar" (poemas, 2024).

Alex Bohrer possui licenciatura e bacharelado em História pela UFOP e mestrado e doutorado em História Social da Cultura pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ele cresceu entre Rodrigo Silva e Cachoeira do Campo, distritos muito presentes em sua obra. Como professor do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), leciona disciplinas sobre História, Arte e Simbologia. Entre suas publicações, destacam-se os livros: “Ouro Preto - Um Novo Olhar”, "Ouro Preto - Igrejas e Capelas", “O Discurso da Imagem - Invenção, Cópia e Circularidade na Arte” e “Jesus - Um Breve Roteiro Histórico para Curiosos”.

Professora licenciada em Letras pela UFOP, Maristela Moreira de Carvalho também é especialista em Tutoria em Educação a Distância pela UFOP. Fez parte da Equipe Pedagógica da Secretaria Municipal de Educação de Ouro Preto durante 35 anos e atuou na Biblioteca Pública do município. Além disso, ministrou encontros e atividades para docentes da rede pública e particular de ensino, exerceu atividades como tutora do curso de graduação em Educação Básica Anos Iniciais e Administração Pública da UFOP e, posteriormente, coordenou o Polo UAB (Universidade Aberta do Brasil). Publicou os livros: "Ouro Preto, sua história, seus encantos, sua magia", "O Mistério da Mina" e "A Aventura do Mestre Antônio".

Na lista, há outro egresso da História: Otávio Luiz Machado, ex-morador da tradicional república Aquarius. Desde a graduação, ele busca contribuir com a população local, especialmente com trabalhos de reconstituição histórica, de mobilização e articulação cultural com projetos que aproximam universidade e sociedade. Entre suas obras, destacam-se: “Sentidos de pertencimento e identidade cultural: repúblicas estudantis de Ouro Preto e o patrimônio imaterial”, "Restaurante da Escola de Minas de Ouro Preto (REMOP): um patrimônio cultural Universitário brasileiro e marco da assistência estudantil", “Centro Acadêmico da Escola de Minas (CAEM): um século de história”, “Aquarius: a maior república estudantil das Américas, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil” e “Relações Comunitárias em Ouro Preto: Desenvolvimento local e Patrimônio Cultural” (no prelo).

Já Valdete Braga é graduada em Letras. Assina a coluna Amenidades, no jornal O Liberal Inconfidentes, e coluna que leva o seu nome, no jornal Voz Ativa. A ouro-pretana, que usa a cidade como cenário de suas histórias, publicou sete livros, "Do outro lado das Montanhas", "Sempre um sonho", "Best Seller", "Quinze anos de amenidades", "Quando o coração bate mais forte", "Crônicas na pandemia " e "Solidão".

HOMENAGEM AO CLÁSSICO E AO CONTEMPORÂNEO - A ação integra uma série de atividades culturais que promove o reconhecimento de novos talentos locais e faz parte das comemorações do bicentenário do nascimento de Bernardo Guimarães (15 de agosto de 1825 - 10 de março de 1884), renomado jornalista, professor, romancista e poeta ouro-pretano, que foi uma importante figura na literatura brasileira do século XIX. O escritor é o patrono nº 5 da Academia Brasileira de Letras e tem um vasto repertório, que inclui as famosas obras "A Escrava Isaura", "O Seminarista", "A Dança dos Ossos", entre outros sucessos.

A Galeria recebe o nome da pioneira intelectual mineira Beatriz Francisca de Assis Brandão, poetisa, tradutora, musicista e educadora brasileira. Nascida em Ouro Preto em 1779, morreu em 1868 sem publicar muitos de seus poemas, com apenas um livro e outras publicações em jornais da época. Em 1910, foi indicada como patrona da Cadeira 38 da Academia Mineira de Letras.

O espaço que leva seu nome tem o intuito de celebrar e expandir o comprometimento com os literatos da região, em busca de novos talentos e valorização da memória literária da cidade. Os escritores anunciados durante a cerimônia como integrantes da "Galeria Viva: Novos Escritores" são:

Alex Bohrer
Brisa Coelho
Deolinda
Francelina Drummond
Guiomar de Grammont
Júnior Ricardo Guimarães
Maristela Moreira de Carvalho
Otávio Machado
Simone Andrade
Terezinha Lobo
Valdete Braga

A cerimônia contou também com a leitura dramática do conto "A Cabeça de Tiradentes", de Bernardo Guimarães, e a abertura da exposição "Poesia de Contato: Do Contato pras Ruas", do escritor Jr. Poeta Marginal, evidenciando a intersecção entre memória, literatura e arte contemporânea. O evento ocorreu na última sexta (9) na Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto (Rua Xavier da Veiga, 309 – Centro).

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