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Comitiva se reúne para deliberar propostas para o Hospital Universitário da UFOP em Mariana

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Flávio Reis
Um grupo de cinco homens conversa em uma estrada de terra em área rural sob céu claro. Um deles gesticula com a mão enquanto fala. Ao fundo, há carros estacionados e montanhas visíveis.
Uma comitiva formada por atores sociais da comunidade, de instituições e por representantes da UFOP se reuniu, na segunda (29,) para uma visita ao terreno do futuro Hospital Universitário (HU). O evento foi uma solicitação da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Doce (Cipe Rio Doce). Com 35.000 m² de área total, o projeto idealizado previa 120 leitos, mas atualmente as discussões indicam 225 leitos, sendo 30 leitos de UTI, e cerca de 1.200 funcionários.
 
A manhã foi marcada por deliberações sobre o empreendimento, que consiste em uma das ações de reparação e compensação pelo rompimento da Barragem do Fundão, em 2015. O Novo Acordo do Rio Doce prevê o investimento de R$ 220 milhões na construção do hospital. Como aponta o reitor Luciano Campos, o hospital é resultado do esforço conjunto de diversas frentes, incluindo a prefeitura de Mariana.
 
Representando a UFOP, estiveram presentes, além do reitor: a vice-reitora, Roberta Froes; o chefe de gabinete, Rondon Marques; o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Paulo Camargo; a diretora da Escola Medicina, Keila Deslandes; a pró-reitora de Extensão e Cultura, Cláudia Carneiro; o prefeito do campus, Cláudio Lana; o coordenador de manutenção, Edmundo Gonçalves; o diretor e a vice-diretora do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (Icsa), Harrison Bachion Ceribeli e Cristiane Márcia dos Santos.
 
Também visitaram o terreno os deputados estaduais e representantes da Comissão Interestadual Parlamentar de Estudos para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Doce (Cipe Rio Doce), Leleco Pimentel e Celinho Sintrocle; o deputado federal e presidente da Comissão Externa sobre Fiscalização dos Rompimentos de Barragens e Repactuação, Padre João; além da representante do Movimento dos Atingidos pela Barragem (MAB), Stephanne Biondo, e a representante da Comissão de Atingidos pela Barragem de Fundão (CABF), Mônica dos Santos.
 
As deliberações também tiveram a participação do secretário de Saúde de Ouro Preto, Leandro Moreira, de integrantes da Gerência Extraordinária de Recuperação do Rio Doce (Gerex) e do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) campus Ouro Preto e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais (CBMMG).
 

hospital_universitário.jpg

Flávio Reis
Pessoa aponta para uma projeção de imagem de satélite no Google Maps, mostrando uma área de terra com construções em andamento. A tela exibe área do Hospital Universitário.
Cláudia Carneiro aponta a localização do Hospital Universitário
 
HOMENAGEM AOS MORTOS NA TRAGÉDIA -  As representantes dos atingidos propõem que seja construído um memorial no Hospital Universitário, garantindo que a memória do acontecimento não se perca. Mônica pontuou a importância de destacar que os recursos adquiridos para a construção do hospital vieram por meio de muita luta, portanto, a sugestão é homenagear as vinte pessoas que morreram no rompimento da barragem. 
 
A comitiva seguiu do terreno para o Instituto de Ciência Humanas e Sociais (ICHS), onde a gerente extraordinária de Recuperação do Rio Doce (Gerex), Adriana Veiga Aranha, apresentou os caminhos percorridos pela assistência técnica para as pessoas atingidas, especialmente para grupos sociais como ribeirinhos, quilombolas, pescadores e agricultores da Bacia do Rio do Doce.
 
PERFIL ASSISTENCIAL - Dentre os serviços de média e alta complexidade previstos, o HU vai viabilizar o acesso a tratamentos oncológicos, além da possibilidade de inserção da especialidade em nefrologia. 
 
A pró-reitora de Extensão e Cultura da UFOP, Cláudia Carneiro, informou sobre a possibilidade do estabelecimento de um "Centro de Referência em Diagnóstico Avançado permitindo a análise da qualidade dos peixes, do solo, das plantas, uma vez que estes elementos contaminados podem funcionar como cofatores para o desenvolviemnto de lesões.Além disso, também está previsto um biobanco junto ao HU permitindo que  possam ser estudadas e armazenadas amostras biológicas que permitam estudos longitudinais de causalidade."
 
Como destaca Cláudia, não existem amostras adequadamente conservadas anteriores a 2015 para oferecer indicativos fundamentais do ponto de vista genômico, proteômico, celular, entre outros. "Se a gente tem agora a possibilidade do estabelecimento do Biobanco, a gente passa a ter uma história para contar daqui pra frente e de tudo aquilo que ainda vai acontecer".
 
Como estrutura gerida pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), vinculada ao Ministério da Educação (MEC), o Hospital Universitário vai desempenhar papel formativo em consonância com as especificidades que atendam as necessidades apontadas pelas pessoas atingidas.
 

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