Dois projetos da Universidade Federal de Ouro Preto foram contemplados na Chamada Fapemig n° 08/2025, do programa Compete Minas. Com a aprovação, cada projeto recebe R$500 mil para execução.
O Compete Minas é um programa de incentivo à competitividade e inovação das empresas, por meio de investimento público em projetos de inovação tecnológica que beneficiam o setor produtivo mineiro. São R$50 milhões em recursos destinados a inovações, com até R$4 milhões por projeto.
Na última edição do evento, foram contratados 89 projetos, distribuídos em um montante de R$45 milhões. Os critérios de avaliação levam em consideração aspectos como originalidade e inovação da proposta, viabilidade técnica e financeira e impacto econômico e social.
Os projetos selecionados foram “Spectrum Biotecnologia”, coordenado pelo egresso Thales Paiva, e “Épsilon Automação”, coordenado pelos professores Alan Kardek e Érica Silva, ambos vinculados à Incubadora de Empresas (Incultec), pertencente à UFOP.
A proposta “Spectrum Biotecnologia” trata-se de uma empresa direcionada à medicina personalizada, nascida em julho de 2024, a partir do projeto de doutorado de Thales Paiva, sócio-fundador e responsável técnico. A empresa trabalha com pesquisas em saúde humana e animal e busca impulsionar o desenvolvimento de tecnologias genéticas voltadas à medicina de precisão relacionada ao autismo. Thales relata que a aprovação “é o reconhecimento de uma proposta inovadora que pode transformar vidas e fortalecer uma comunidade.” Ele explica ainda que “os recursos serão integralmente aplicados na estruturação e tração da empresa que busca se consolidar no mercado como referência nos próximos anos”, completa.
Já a “Épsilon Automação”, primeira spin-off (empresa independente a partir de uma divisão/projeto existente que foca em novos mercados, produtos ou serviços) da Universidade Federal de Ouro Preto, apresentou o projeto “Implementação de Sistema SaaS para Agricultura de Precisão: Democratizando Tecnologias Inovadoras por meio de um Modelo de Negócio Escalável”. O projeto tem como objetivo transformar o atual sistema de monitoramento e controle de irrigação em uma solução SaaS (Software as a Service) completa para pequenos e médios agricultores, democratizando o acesso à agricultura de precisão.
Érica Silva considera o projeto como uma importante marca no avanço da inovação da empresa. Ela explica que a proposta surgiu a partir de experiências em pesquisas e desenvolvimento que resultaram em “patentes já concedidas e em tecnologias validadas e aplicadas em campo”. Sobre as expectativas com o projeto, Érica afirma que as "perspectivas incluem a redução de até 40% no consumo de água e fertilizantes, o fortalecimento da agricultura familiar, a formação de estudantes e profissionais em tecnologias de precisão e a geração de empregos qualificados em Ouro Preto e região.”, relata.