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Projeto Biosid oferece benefícios sócio-ambientais para o país

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Resultado de um estudo de dois pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e três da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), o Biosid é a mais nova tecnologia que propõe o uso do biogás na produção de ferro esponja e ferro-gusa, substitutos do uso do gás natural e dos carvões mineral e vegetal, respectivamente.

A idéia é recolher o lixo orgânico e os dejetos de quadrúpedes (principalmente bovinos) utilizando os gases liberados (metano e dióxido de carbono) para transformar esse lixo, através de biodigestores, em gases, para posteriormente canalizá-los. Após o processo de canalização, os gases são acumulados em gasômetros para depois serem enviados para empresas siderúrgicas, por exemplo.

Do ponto de vista ambiental o projeto permite uma redução do índice de emissão do gás carbônico no segmento siderúrgico, já que o biogás pode substituir o carvão mineral nos altos-fornos. Do ponto de vista econômico, ocorre a diminuição de importação mineral, atualmente realizada pela indústria siderúrgica brasileira da Austrália, Estados Unidos, Canadá, China e Rússia, inclusive.

O professor Dr. Paulo Santos Assis, responsável pelo projeto na UFOP, explica que “usando as fezes dos animais, por exemplo, pode-se estimar a sextuplicação na produção de aço no país, podendo render altas produções de créditos de carbono, estimadas em um aporte de até US$ 15 bilhões de euros anuais”. O professor destaca também o fator social, já que a obtenção de créditos de carbono pode acarretar a ida de boa parte da população de grandes cidades para o campo, além dos critérios de sustentabilidade.

A pesquisa possui co-titularidade da UFOP. Paulo Assis explica que “tanto a presença da UFMG, quanto a presença da UFOP mostram o papel das duas instituições federais contribuindo significativamente nos desenvolvimentos social, econômico e ambiental no país”. O projeto conta com os professores Andrea Maria Amaral Nascimento e Edmar Chartone de Souza, do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, e envolve alunos de graduação na área de Engenharia, além de doutorandos.