Ir para o conteúdo

Cultura, arte e atividades direcionadas às crianças dão o tom ao Festival de Inverno

Twitter icon
Facebook icon
Google icon
Anna Antoun
 
Com o tema Entrecorpos, o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana – Fórum das Artes 2014 traz ao público, entre os dias 4 e 20 de julho, diversas oficinas e atrações culturais espalhadas por diferentes locais das duas cidades. Shows, exposições, peças de teatro e de dança, mostras de cinema e atividades para as crianças integram a programação do evento.

No total, foram submetidas 1.228 propostas de eventos e 434 propostas de oficinas. Rogério Santos de Oliveira, coordenador geral do Festival e pró-reitor de Extensão da UFOP, atribui o sucesso de inscrições à qualidade do Festival: "A cada ano o evento vem se aperfeiçoando mais, ficando reconhecido como uma boa e grande mostra que atrai pessoas de diversos lugares do país e do exterior".  As curadorias, responsáveis pelas atrações do Festival de Inverno, já estão finalizando a programação, que será divulgada em breve. Segundo Rogério, toda o conteúdo conceitual é discutido com os curadores, de modo que a programação do Festival seja construída totalmente em conjunto. "A hibridização das curadorias, que está surgindo espontaneamente, espelha uma característica da arte contemporânea, na qual as fronteiras entre as diversas modalidades do fazer artístico são cada vez mais imprecisas", explica o coordenador. 

Em relação ao tema deste ano, Entrecorpos, Rogério explica que a ideia é trabalhar a relação dos corpos com os vários meios que eles possuem, ou seja, a cidade, as ferramentas da nova mídia, o corpo e as relações com o seu entorno e com outros corpos. ‘’Pensar as culturas do corpo possibilita ampliar o tema de 2013, Em Tempos Diversos, pois projeta a diversidade na experimentação, estabelecendo uma relação dialética na construção da identidade. Assim, será possível concentrar atenção nas diferenciadas manifestações artísticas e culturais que tenham o corpo como epicentro de suas reflexões e práticas. Ou melhor, práticas artísticas que tenham a afirmação (ou a negação explícita) do corpo como matriz poética’’, acrescenta.


O Festival e as cidades
Mariana e Ouro Preto também possuem papel fundamental na promoção do Festival. “O evento é realizado nas cidades, ou seja, ele toma conta do espaço urbano, do espaço público. A realização do Festival em duas cidades históricas ressignifica os próprios valores simbólicos que esses locais possuem”, afirma Rogério Santos. Além disso, o Festival acontece na época do aniversário das duas cidades, dando ainda mais destaque às comemorações.

''Pensamos no evento como uma intervenção no espaço urbano. Queremos dialogar a contemporaneidade com a história. Cidades tradicionais, mas que são vivas e plurais, com uma Universidade, cheia de jovens e um lugar em que as pessoas vivem e trabalham. O diferencial deste ano é consolidar um Festival mais conceitual, que tenha as ideias claras a respeito do que ele quer passar para quem participa. Vamos ocupar as cidades, vestindo-as com a alegria que o Festival oferece'', conclui o coordenador executivo do evento, Ricardo Gomes.