Mariana 10 anos: como contar o tempo que não volta?

O grupo de pesquisa e extensão sobre Conflitos em Territórios Atingidos (Conterra), vinculado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo (Dearq) da UFOP, promoverá ações nos próximos dez meses para marcar os dez anos de luta por justiça e reparação integral do rompimento da barragem de rejeitos de minérios de Fundão, sob responsabilidade das mineradoras Samarco, Vale e BHP.

 

A primeira ação apresenta e amplia a exposição "Mariana 9 anos: como contar o tempo que não volta?", ocupando o espaço da Escola de Minas. As imagens da exposição abordam os temas: memória, religiosidade, ser atingido, caminhos de luta e territórios atingidos. Elas foram lançadas primeiramente em 5 de novembro de 2024, no Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), pela Comissão de Atingidos pela Barragem de Fundão (CABF) e Assessoria Técnica da Cáritas , e mostram os modos de vida tradicionais que as comunidades atingidas de Mariana possuíam.

 

Pensando que os reassentamentos coletivos (ainda não concluídos) construídos pela Fundação Renova desconsideram os aspectos comunitários dos grupos atingidos, o grupo acrescenta à exposição um sexto tema: moradia e não retomada dos modos de vida, com alguns dos registros do grupo de pesquisa e extensão sobre os reassentamentos coletivos de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo.

 

A exposição permanece até 26 de março na entrada principal da Escola de Minas.