Criado por Patrícia Pereira em ter, 06/09/2016 - 10:40 | Editado por Lígia Souza há 7 anos.
De acordo com o professor, a crise financeira, que surgiu em meados de 2008, foi provocada essencialmente por determinadas inovações financeiras, propostas pelos bancos norte americanos. Como consequência dessas ações, houve a diminuição do consumo, além da redução do índice de investimentos. “Uma inovação financeira proporcionou uma crise de alcance internacional, que assola países no mundo todo”, afirma Thiago.
As pesquisas desenvolvidas na UFOP buscam analisar de que forma a crise mundial afeta o Brasil. Os estudos buscam compreender como a crise que nasceu nos Estados Unidos afetou as siderúrgicas no estado de Minas Gerais, por exemplo. Como a dívida dessas empresas mineiras aumentou, houve desvalorização das ações, ocasionando a perda do seu valor de mercado, segundo análise do professor Barros.
“No cenário de crise, a economia funciona através de expectativas. Se as pessoas não têm confiança, não fazem investimentos; se não tem poupança o país não consegue financiar seus investimentos e isso é um problema latente”, assinala Thiago. Ainda de acordo com o professor, o cenário de crise afeta todas as esferas do setor econômico e, antes do período de crise, muitos fizeram financiamentos, mas não tiveram como pagar após perderem o emprego.
Diante de um cenário de crise, a necessidade de capital de giro é maior, o que deixa as empresas vulneráveis. Desta forma, acabam assumindo maiores riscos influenciadas pela economia internacional. Barros debate ainda que uma crise financeira afeta a tomada de decisões, que está ligada diretamente às finanças comportamentais, temática abordada anteriormente pelo UFOP Conhecimento.
Assista à entrevista completa com o professor da UFOP, Thiago de Souza Barros.