Criado por Nathália Fiuza em qui, 27/04/2017 - 11:40 | Editado por Patrícia Pereira há 7 anos.
No dia 20 de abril foi publicado o decreto que prevê a inclusão de pessoas com deficiência nas cotas para ingresso nas universidades públicas brasileiras.
A lei, de dezembro de 2016, trata da reserva de vagas aos alunos egressos de escolas públicas, autodeclarados pretos, pardos e indígenas e por pessoas com deficiência. Na época, embora houvesse expectativas quanto a aplicação de nova reserva no SiSU já para o primeiro semestre letivo de 2017, a implementação foi impossibilitada por falta de tempo hábil.
O novo decreto apresenta um prazo de 90 dias para entrar em vigor. Nesse sentido, a coordenadora dos processos seletivos da Pró-reitoria de Graduação (Prograd), Hermelinda Gomes Dias, explica que a UFOP aguarda a regulamentação complementar para poder elaborar os editais de seus processos seletivos, bem como realizar os procedimentos administrativos necessários à implementação da nova composição de reserva de vagas.
De acordo com o novo dispositivo, tais reservas de vagas deverão ser preenchidas em proporção ao total de vagas, no mínimo, igual à proporção respectiva de pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência na população do estado onde a instituição está inserida, seguindo o último censo do IBGE.
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA (NEI) - Há mais de dez anos, a UFOP, por meio do NEI, órgão vinculado à Prograd, realiza trabalhos de inclusão e promoção de acessibilidade para estudantes com deficiência. Com o novo decreto, o núcleo se mobiliza para atender os alunos que chegarão à Universidade nos próximos semestres.
Segundo a coordenadora do NEI, Adriene Santanna, "as ações voltadas à inclusão e à acessibilidade das pessoas com deficiência podem e precisam ser desenvolvidas por toda a comunidade acadêmica". Ela afirma que acessibilidade não é só física e que tais ações vão desde cursos de formação e eventos sobre a temática, compra de tecnologias assistivas, até mudanças nos próprios setores. A coordenadora destaca ainda que as discussões sobre acessibilidade de pessoas com deficiência nas moradias estudantis, via COPEME, são muito importantes para a construção de uma universidade mais inclusiva. Outro aspecto relevante é a necessidade de expandir a atuação do NEI para os outros campi da UFOP.
PROGRAMA INCLUIR - O Programa de Acessibilidade na Educação Superior do Governo Federal garante recursos para a realização de ações de promoção de acessibilidade nas instituições federais de ensino superior. No entanto, Adriene ressalta que para ampliar os projetos de acessibilidade na UFOP é necessário muito mais. "É importante frisar a necessidade de continuar cobrando dos órgãos superiores maior financiamento. As exigências chegam até nós a todo momento, e para que possamos cumpri-las, precisamos de condições materiais", assinala.
Recentemente o Campus Morro do Cruzeiro passou por obras que visam melhorar a acessibilidade. Leia aqui.
03641_img_9824_2038337819477056111.jpg