A Universidade Federal de Ouro Preto quer estabelecer novo acordo de cooperação com a Arquidiocese de Mariana para garantir a permanência do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) no município, prioridade para a Reitoria. A proposta, segundo a reitora da UFOP, Cláudia Marliére, em reunião realizada nessa quarta-feira (07), na Câmara Municipal, consiste nos seguintes encaminhamentos: "Estamos solicitando dez anos de comodato à Arquidiocese e temos, neste período, o compromisso de construir os prédios necessários para abrigar adequadamente o ICHS". Essa orientação é o resultado da última, de diversas agendas em Brasília, para fechar uma negociação com o Ministério da Educação (MEC) sobre a captação de verba para o referido projeto.
As discussões em andamento dão continuidade ao calendário de propostas que buscam uma solução definitiva para a questão, especialmente depois que a justiça, a partir de ação da Arquidiocese, promulgou sentença determinando a restituição do prédio do antigo Seminário Nossa Senhora da Boa Morte à demandante e o pagamento de aluguéis correspondentes. A reitora reforçou que, com a participação e a contribuição efetiva da Diretoria do ICHS, vem buscando alternativas viáveis e adequadas.
O MEC assegurou, por meio de ofício, recursos orçamentários que visam à construção de prédios para abrigar as atividades do ICHS. A reitora acrescentou que, após ser consultado, o Iphan deu sinal positivo sobre a viabilidade de novas construções no terreno que abriga o Instituto.
Durante a reunião dessa tarde, a professora Cláudia se comprometeu, enquanto estiver à frente da Universidade, a fazer o que for possível para solucionar definitivamente esse impasse que vem se estendendo por muitos anos. "Esforços não serão medidos", afirma. Assim que a Arquidiocese se posicionar, será criada uma agenda para colaboração de toda a comunidade acadêmica, com as datas de todas as reuniões relacionadas às obras.
OTIMISMO - A diretora do ICHS, Margareth Diniz, diz que a recepção por parte da Igreja foi positiva e espera que "a Arquidiocese acolha a proposta de comodato por mais dez anos para que tenhamos tempo para finalizar as construções e, assim, resolver essa questão". Segundo ela, caso não seja estendido o termo de comodato, a opção é tentar ocupar um local provisório até haver uma mudança definitiva. "No entanto, não estamos contando com essa possibilidade, pois a expectativa é que tudo se resolva com essa primeira proposta", finaliza.
O Cônego Lauro Sérgio Versiani Barbosa, que participou da reunião representando a Arquidiocese, informou que as proposições serão levadas para os conselhos da entidade em busca de um parecer.
Acesse a documentação referente à negociação: