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Curso de Serviço Social desenvolve ações extensionistas com a comunidade de Mariana

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Com: 
Georgyanne Sena - estagiária
 
O Programa de Extensão Universitária "Mineração do OuTro – programa de cultura e crítica social", do curso de Serviço Social da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), criado em 2014, tem como finalidade vincular e articular ações voltadas às comunidades periféricas e usuários da política de assistência social da região. Dois projetos e um curso integram o programa. Confira abaixo.
 
Cine Faísca -  É um projeto que, desde 2015, exibe filmes e documentários no SESI de Mariana, aberto a toda comunidade. “O Cine Faísca traz o cinema como proposta de expansão das referências subjetivas pela via artística, por meio dos filmes, buscando entender os processos sociais de uma forma mais ampla”, conta o professor Marlon Garcia da Silva. Após as sessões, há debate com mediação dos coordenadores, bolsistas e convidados. Com exibição mensal, o objetivo é gerar reflexões e mais compreensão sobre a realidade latino-americana por meio das produções.
 
Os debates são momentos para uma reflexão crítica acerca dos diferentes temas e questões da vida social e constituem um espaço lúdico de diálogo e conhecimento. Bolsista do projeto e estudante do curso de Serviço Social, Tamires Cipriano participa das atividades desde 2016 e relata que “o intuito do projeto é fazer com que o sujeito se reconheça enquanto humano que faz parte de uma sociedade, conhecendo seu cotidiano e sua realidade social”.
 
Seguindo uma linha mais clássica de filmes latino-americanos, o projeto já exibiu trabalhos de diversos cineastas como “Luzes da Cidade” de Charlie Chaplin, "Roma, Cidade Aberta" de Roberto Rosselini, “Capitães da Areia” de Cecília Amado e Guy Gonçalves e “Vidas Secas” de Nelson Pereira dos Santos, entre outras obras. Neste ano, o Cine Faísca recebeu um kit de 376 filmes da Programadora Brasil do acervo da Cinemateca Brasileira (acesse a matéria aqui). 
 
As exibições são gratuitas e recebem um público diverso, a única restrição é com relação à classificação etária dos filmes. A divulgação é feita na própria Universidade, pelas redes sociais, nas escolas estaduais e municipais e panfletagem na comunidade. 
 
Lavras de Versos - Projeto socioeducativo que, desde 2015, trabalha com adolescentes atendidos pelos serviços do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) da região do Cabanas e do Santo Antônio, em Mariana. As oficinas são realizadas a partir de círculos de cultura, com uso de poesias para potencializar a arte, estimulando adolescentes a debaterem e refletirem criticamente sobre as experiências do cotidiano e suas referências culturais, além de criar espaços para diálogo e composição de poemas.
 
Para a coordenadora do programa, Kathtiuça Bertollo, além de atender às demandas da comunidade, o projeto contribui para a formação de bons assistentes sociais “por meio da extensão, e com esses trabalhos articulados, estamos formando futuros colegas assistentes sociais”. Além da formação, os estudantes aprendem a aplicar o aprendizado teórico,  “considerando o lugar da nossa profissão na vida dos sujeitos, com quem eles vão intervir, trabalhar”, aponta.
 
O projeto já atendeu cerca de 50 adolescentes e busca fortalecer a vida desses indivíduos sociais não somente nas questões materiais, mas também nas culturais e políticas. Segundo o bolsista Edvaldo Rocha, a dinâmica é trabalhada dentro da realidade da comunidade, criando espaço para a percepção estética. “A gente trabalha com os adolescentes sobre a verdadeira riqueza de Mariana, que não é o minério, mas sim as pessoas que aqui vivem”, aponta.
 
Curso “Ontologia e estética – arte e sociedade” - visa o debate e a discussão de temas no campo das artes e da cultura, dentro de um referencial teórico marxista na perspectiva da teoria social crítica. A linha de frente do curso segue com estudos teóricos que têm interlocução com pensadores, como Lukács e Marx, e conta com a participação de professores de outras universidades para discussão sobre categorias estéticas fundamentais da arte.

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Divulgação
Alunos discutem sobre arte e sociedade
 
De maneira geral, o curso oferece aos participantes espaço para debates sobre as diferentes manifestações artísticas da região dos Inconfidentes. Para o professor e coordenador do curso, Marlon Garcia da Silva, o intuito “é discutir a obra de arte a partir da sua gênese, das circunstâncias sociais de que ela vai surgindo, da função social que ela cumpre na vida dos homens, e o porquê de os homens fazerem arte’’.
 
Com característica interdisciplinar, o curso contribui para uma formação enriquecida de novos profissionais, principalmente da área do serviço social, além de possibilitar a potencialização da diversidade das expressões culturais e dos fundamentos da vida social.  Desde 2014, tem como público-alvo toda comunidade, mas a maioria dos participantes é de universitários, assistentes sociais, sindicalistas e professores da rede pública. Desde o início, já contou com a participação de aproximadamente 500 pessoas.

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