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Mostra de Profissões movimenta o campus e contribui na escolha pela universidade pública

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Mylena Gonçalves
Com: 
Catharina Waichert - estagiária

Ter acesso a um curso superior em uma universidade pública é o sonho de muitos estudantes que buscam um ensino gratuito e de qualidade. Porém, a escolha do curso e da carreira profissional traz muitas preocupações, principalmente para aqueles que estão passando pelo período de transição para a vida adulta. Por isso a UFOP promove a Mostra de Profissões, uma oportunidade para tirar dúvidas sobre os cursos e áreas de atuação, e sobre os ambientes universitário e republicano, com o objetivo de auxiliar esses jovens a fazer uma escolha consciente. 

A última edição do evento, organizado pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) e pelo Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP), aconteceu neste sábado (31), no Campus Morro do Cruzeiro, em Ouro Preto, e trouxe para dentro da Universidade estudantes do ensino médio de várias regiões de Minas Gerais. 

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Lívia Ferreira
O conjunto Big Band deu o tom da Mostra
A XII Mostra de Profissões contou com cerca de 6 mil visitantes inscritos de 110 escolas públicas e privadas. A exposição teve salas dedicadas a 52 cursos oferecidos pela UFOP, estandes para divulgação, rodas de conversa, além de atividades do Campus Aberto, como jogos de vôlei, oficinas de slackline e bola de sabão, dentre outras.  Houve também apresentações culturais, como a da Big Band da UFOP, banda formada por estudantes do curso de Música, que aconteceu ao lado do prédio do Instituto de Filosofia, Arte e Cultura (Ifac). Já a turma de artes cênicas "Commedia dell'Arte" fez uma apresentação de expressão corporal e máscaras. 

O estande do curso de Engenharia Mecânica expôs ao público criações dos próprios estudantes. A equipe 12 Bis levou protótipos de aviões e a equipe Fórmula apresentou projetos de carros de corrida. Elizabeth Tavares, aluna de Engenharia Mecânica, faz parte dos 500 estudantes da UFOP que se inscreveram para serem monitores da mostra e ressalta a importância do evento: "A gente consegue passar mais para os alunos, muitos deles estão no último ano do ensino médio e ainda estão perdidos; assim podemos mostrar o que eles vão estudar. Eles pensam em Engenharia Mecânica e acham que ficarão mexendo em carros, e aqui podemos mostrar as várias áreas que o curso nos oferece".

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Lívia Ferreira
Equipe 12 Bis apresenta o processo criativo, da concepção à montagem


Para Iury Silva, graduando em Engenharia da Computação do Icea (João Monlevade), conhecer a área em que poderá atuar no futuro é fundamental. "Os alunos sabem que existe o curso mas não sabem o que se faz nele, onde trabalhar, quando formar, quanto que eles podem vir a ganhar e se terão as condições que querem ter no seu planejamento de vida", comentou o estudante. 

O estudante do ensino médio João Victor, que pretende cursar Nutrição, veio do Colégio Tiradentes - Unidade Betim para participar do evento: "Gostei muito, pois tem diversos exemplos e, com certeza, para a pessoa que tem dúvida, vai ajudar bastante na hora da escolha". Victor Lucas, também do Colégio Tiradentes, pretende cursar Medicina, mas declarou ter aprendido bastante sobre outras áreas: "Tem muita variedade de cursos, assim você acaba descobrindo coisas que nem sabia sobre os outros cursos, ampliando a visão e até criando um certo interesse pelas áreas". 

Os estandes mais procurados foram o de Medicina, com filas até do lado de fora do prédio, o do curso de Direito, que também teve a sala lotada a maior parte do tempo, e o curso de Farmácia, tradicional na Universidade. A mostra também atuou em parceria com o Núcleo de Educação Inclusiva da UFOP (NEI), acolhendo e dando apoio aos estudantes com deficiência. 

PARA ENTENDER A UNIVERSIDADE – Além das salas interativas com todos os cursos da UFOP, a Mostra ofereceu palestras, ao longo do dia, sobre cinco temáticas diferentes. Uma delas foi a "Cotas pra quem?", ministrada pelo pedagogo e pró-reitor adjunto de Graduação, Adilson Pereira dos Santos. O tema é sempre abordado nas Mostras e pautado para discussões durante todos os períodos letivos com palestras, artes conceituais e vídeos. O objetivo da apresentação é explicar a Lei de Cotas e as regras estabelecidas a fim de evitar desvios na ocupação das vagas reservadas, além de explicitar a importância dessa lei, mostrando dados atuais e anteriores às cotas nas universidades. 

O debate possibilitou aos estudantes conhecer os critérios e a forma de adesão às modalidades de cotas. Adilson apresentou também a Comissão de Heteroidentificação Racial, que atua desde 2018 na UFOP e é responsável por avaliar os termos de autodeclaração étnico-racial. Para o pedagogo, o diálogo entre a Universidade e os alunos do ensino médio, principalmente com essa palestra, é fundamental. Ele explica que 80% dos estudantes que se autodeclaram negros não se enquadram na modalidade, o que acontece muitas vezes por falta informação. Entretanto, após a realização de campanhas de esclarecimento, tem se percebido muita diferença. "Mesmo assim, não vamos parar de divulgar e explicar a Lei de Cotas", pontuou Adilson. Para isso, a UFOP produziu um vídeo, lançado oficialmente na Mostra, que esclarece sobre as cotas. Assista ao vídeo: 

 

 

Outra palestra que chamou a atenção foi a "Entendendo e vivendo a vida na Universidade", com a professora Alissandra Nazareth de Carvalho, diretora da Escola de Direito, Turismo e Museologia (EDTM). Ela apresentou a estrutura da UFOP e a comunidade universitária, com sua proposta de diversidade e inclusão. A professora apresentou os núcleos sociais e educacionais, como o Núcleo Educacional Inclusivo (NEI), e falou sobre a possibilidade de uso dos nomes sociais. Falou também dos setores de arte e cultura relacionados à UFOP, como o Cine Vila Rica. 

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Mylena Gonçalves
Professor Saul Delabrida abordou realidade virtual
Alissandra expôs ainda algumas das oportunidades que os estudantes têm durante a graduação e pós-graduação, com base no tripé "pesquisa, ensino e extensão". A professora apresentou as entidades estudantis e suas funções, como o Diretório Central Estudantil (DCE), a assistência estudantil e os programas de orientação estudantil, como o "Caminhar" e o "Bem vindo calouro!". "Isso contribui para reduzir o medo que eles têm. Medo de deixar a casa, medo de sair da cidade deles [...] Eles podem enxergar que aqui existe a oportunidade de fazer novas famílias, grupos; pessoas que vão encontrar a mesma dificuldade que eles, e eles não sabem disso, eles vêm para escolher a profissão, não têm ideia de tudo o que a Universidade tem a oferecer", afirmou. 

As dúvidas e indecisões são comuns entre os jovens, como Helena Cecília de Oliveira Gomes, da Escola Estadual Presidente Tancredo Neves. Ela está em dúvida entre os cursos de Direito, Jornalismo e Pedagogia, e aproveitou a Mostra para conhecer mais sobre a Universidade e os cursos. As palestras, segundo ela, deram uma melhor noção de como funciona uma universidade e ajudarão na escolha da carreira.

As outras três palestras da Mostra foram: "Licenciatura ou Bacharelado", com o professor Bruno Tadeu Salles; "Descomplicando a Escolha Profissional", com a professora Kerley Santos, e "Aplicações de realidade aumentada e realidade virtual", com o professor Saul Emanuel Delabrida Silva. 

Veja mais fotos da Mostra de Profissões. 

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