O objetivo da iniciativa é disponibilizar gratuitamente plataformas computacionais para suporte e orientação da população durante a pandemia. O projeto é voltado principalmente para os idosos e seus cuidadores, mas também pode ser usado por qualquer pessoa interessada.
O "CuidaIdoso" é desenvolvido sob a coordenação dos professores da UFOP Saul Delabrida e Andrea Bianchi, ambos do Departamento de Ciências da Computação (Decom), e Cláudia Carneiro, do Departamento de Análises Clínicas (DEACL). Segundo Cláudia, a ideia do projeto surgiu com o desejo de se realizar treinamentos em biossegurança junto ao Lar São Vicente de Paulo, em Ouro Preto.
A partir disso, "iniciamos as discussões já considerando o treinamento virtual, a criação
do site e do aplicativo, bem como das redes sociais do projeto (
Instagram e
Facebook), agregando profissionais da área da saúde e da computação no desenvolvimento", conta.
Para esse público, estão sendo criados conteúdos bem específicos, como monitoramento físico e psicológico do idoso, além de oferecer orientações on-line e a criação de uma rede de colaboração. Para Cláudia, "o projeto nasceu numa época atípica, mas acreditamos na sua importância".
COMO INTERAGIR – Informações referentes à covid-19, como tratamento e cuidados, podem ser encontradas no
site do CuidaIdoso. Há também
um blog com postagens sobre diversos temas ligados ao coronavírus, por exemplo sobre como o cuidador de idosos deve atuar nesse momento. Além disso, há uma página que disponibiliza as perguntas mais frequentes sobre o assunto com suas respectivas respostas.
De maneira geral, as informações trazem orientações e cuidados importantes a serem tomados durante a pandemia, mas o site é apenas o primeiro passo do projeto. A ideia é que ele "evolua para um aplicativo que permitirá a conexão entre as pessoas e o apoio ao monitoramento de seu estado de saúde", conta Andrea.
GERAÇÃO DE DADOS – De acordo com Saul, "toda interação pode gerar dados, mas uma das nossas prioridades é manter a privacidade das pessoas. Informações anonimizadas podem ser usadas para o bem coletivo na tomada de decisões de autoridades de saúde e até mesmo para aspectos científicos". A ideia é que essas informações sejam disponibilizadas em tempo real e usadas para a determinação de regiões de risco, para que possam apoiar decisões do sistema de saúde sobre políticas de apoio à população.
"Desejamos ter na plataforma funcionalidades para o monitoramento diário do estado de saúde do idoso, assim como a sua localização, fornecendo informações confiáveis para o serviço de saúde. Além disso, permitirá a conexão entre voluntários, profissionais e pessoas que necessitam de auxílio, criando uma rede de apoio e solidariedade", explica Andrea Bianchi.
EQUIPE – O projeto é desenvolvido em parceria com o Decom (XR4Good - Laboratório de Realidade Estendida para o Bem; Programa de Pós-Graduação em Computação; e professores que atuam no Mestrado Profissional em Instrumentação, Controle e Automação de Processos de Mineração), com a Escola de Farmácia (Laboratório de Citologia, Programa Âmbar: desafios e ações em saúde da mulher) e com o Nupeb (Laboratório de Imunopatologia e programas de pós-graduação em Ciências Biológicas e em Biotecnologia).
Além dos três professores, o projeto envolve doze alunos distribuídos na graduação e na pós-graduação em Ciência da Computação, três alunas vinculadas ao curso de farmácia, um ao curso de medicina e três vinculados aos programas de pós-graduação do Nupeb.