O "Almanaque da Covid-19 - 150 dias para não esquecer ou A história do encontro de um presidente fake e um vírus real" é uma realização conjunta dos professores do curso de História da UFOP Valdei Araujo e Mateus Pereira e da doutoranda no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade (PPGHIS) Mayra Marques.
O livro tem o objetivo de compreender e explicar o atual momento. Inicialmente, a ideia era fazer um diário da pandemia, misturando as vivências cotidianas às notícias do Brasil e do mundo, mas isso logo pareceu insuficiente e os pesquisadores sentiram a "a necessidade de aprofundar em determinados temas, o que nos levou à escrita de algumas crônicas. Ao fim, acabamos por alternar e misturar três gêneros de escrita: o diário, a cronologia e a crônica, que constituem o nosso Almanaque", conta o professor Mateus.
A proposta da obra é escrever a história enquanto ela acontece, e isso não é tarefa fácil, segundo o docente. ”As informações se acumulam a cada minuto e é preciso ter cuidado para separar as fake news e as notícias velhas das notícias verdadeiras e mais atualizadas. A História do Tempo Presente assume, assim, que toda a história é, de alguma forma, inacabada e que o olhar voltado para os eventos, enquanto eles ocorrem, também mostram pontos de vista relevantes para um melhor entendimento dos acontecimentos e dos climas históricos".
O ALMANAQUE - A obra, que pretende fazer um resumo dos fatos importantes ocorridos durante o ano, contém um diário de 150 dias e algumas crônicas sobre a pandemia de Covid-19. O relato se inicia em 31 de dezembro de 2019, o "Último dia do velho mundo" e narra alguns acontecimentos no país e no mundo, quando a doença parecia distante para os brasileiros.
Já as "Crônicas Atualistas" refletem os fatos narrados no diário, a pandemia, a política e a infodemia, que é um excesso de informações, sejam elas verdadeiras, falsas ou inexatas, a que estamos submetidos na atualidade. "É um termo que mistura epidemia e informação, ou seja, é como se fosse uma 'doença' dos nossos tempos", explica Mateus.
O livro foi lançado na última sexta (26) pela Editora Milfontes e é possível adquirí-lo pelo
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