Criado por Marcelo Afonso em sex, 31/07/2020 - 05:22 | Editado por Lígia Souza há 4 anos.
Direcionado a todos os servidores efetivos da Universidade, o questionário é parte da pesquisa que tem por objetivo subsidiar o desenvolvimento de intervenções de promoção à saúde nos espaços laborais. O formulário foi enviado para o e-mail institucional de docentes e técnicos administrativos, mas também pode ser acessado aqui. O tempo médio estipulado para a resposta é de 5 minutos.
Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Saúde e Nutrição (PPGSN) e enfermeira da UFOP, Deisyane Bouzada comenta que a experiência como integrante da equipe multidisciplinar do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS) motivou a pesquisa. "Acompanhei com receio o aumento dos casos de afastamento do serviço por transtornos mentais e comportamentais entre os anos de 2011 a 2019. Entre eles, os motivos relatados mais comuns foram a ansiedade, o estresse e o alcoolismo", relata.
Em primeiro momento, o questionário seria aplicado, individualmente, aos servidores em afastamento, ou que precisaram se afastar das atividades laborais, durante o período estipulado pela pesquisa. "No entanto, com o advento da pandemia do novo coronavírus precisamos modificar o método de aplicação. Decidimos, então, que seria interessante a participação de todos".
A pesquisadora entende que a partir do questionário on-line será possível entender a percepção do servidor sobre seu afastamento, analisar se a causa tem relação com o ambiente de trabalho, avaliar o nível de estresse durante a realização das atividades laborais e, finalmente, saber se os servidores mantém uma rotina regular de atividades físicas.
Para isso, o questionário foi estruturado em três etapas: na primeira são coletadas as informações de saúde e dados sociodemográficos dos entrevistados; na segunda é aplicada a Job stress scale ("escala de estresse no trabalho", em tradução literal) — medida utilizada em estudos epidemiológicos que permite buscar no ambiente social de trabalho as fontes do estresse; já na terceira e última etapa é determinado o nível das atividades físicas praticadas.
TRANSTORNOS MENTAL E COMPORTAMENTAL – São reconhecidos pela Organização Mundial da Saúde e estão dispostos no artigo V da lista CID 10, Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. Segundo a OMS, os transtornos mentais e comportamentais são considerados quadros clínicos quando implicam em alterações da capacidade cognitiva e do humor (oscilação drástica das emoções), impedindo ou dificultando o desenvolvimento das funções pessoais e sociais do indivíduo.