A Universidade Federal de Ouro Preto aguarda o anúncio da recomposição orçamentária do Governo Federal para proceder o reajuste das bolsas que mantém em nível de pesquisa, ensino e extensão, além das bolsas da Prace. A informação é do pró-reitor de Planejamento e Administração, Eleonardo Lucas, acrescentando que os valores dos reajustes serão proporcionais aos anunciados em nível federal.
O pró-reitor também lembrou que, por ocasião do anúncio do governo sobre os reajustes das bolsas, ocorrido no dia 16 de março passado, o Ministério da Educação já havia solicitado às universidades o repasse de informações sobre o quantitativo de estudantes atendidos com recursos da Universidade. De acordo com ele, "essa ação pode ser interpretada como um sinal positivo por parte do Governo".
PROPORCIONALIDADE - A UFOP, para manter a proporção do reajuste nacional, além dos demais contratos, precisa de um aporte orçamentário superior a R$ 10 milhões, uma vez que o orçamento deste ano já está 11% abaixo do de 2022. "Já estamos com um déficit projetado. As repactuações anuais dos contratos de serviços já demandam de recursos que ainda não temos no orçamento". O pró-reitor ainda destacou que somente o novo contrato do RU vai precisar de, no mínimo, R$ 1,2 milhão a mais.
"Mesmo com o anúncio do governo não acontecendo no mês passado, conforme anunciado, a expectativa das universidades é a melhor possível", avalia Eleonardo Lucas, para quem a situação irá se resolver tão logo a complementação seja anunciada. Segundo ele, a UFOP já estudou vários cenários, mas não é possível estabelecer qual será o percentual de reajuste sem saber qual valor será aportado pelo MEC. Hoje a UFOP paga, entre bolsas e auxílios financeiros a estudantes, cerca de R$ 14 milhões por ano.