Celebrar o Dia Internacional da Mulher é sempre uma oportunidade para refletirmos sobre nossas lutas, valorizando nossas conquistas e destacando o quanto ainda precisa ser feito. Mesmo que algumas de nós estejam conseguindo galgar posições de destaque, precisamos ter uma postura empática, reconhecendo-nos umas nas outras para enfrentarmos as opressões sistêmicas que ainda assolam a maioria de nós.
Hoje comemoramos uma história que jamais deve ser esquecida. Uma data marcada, desde o século XIX, pelas lutas por igualdade, justiça e direitos. Ao longo dos anos, essas buscas se configuraram de diversas formas e atingiram milhões de mulheres em todo o mundo, de diferentes maneiras. Seja como for, é um movimento que demanda sororidade, no sentido da empatia, da solidariedade e do acolhimento entre todas nós.
Sob a perspectiva de integrantes de uma universidade pública, entendemos que as lutas passadas devem servir de reflexão e inspiração para novos movimentos no presente, sempre tendo como norte a busca pela igualdade de gênero. Isso nos inspira a renovar o compromisso com a promoção de iniciativas para a igualdade em todos os aspectos da vida universitária.
Enquanto trabalhadoras deste lugar, independentemente da função que estamos ocupando, temos o compromisso de buscar um ambiente inclusivo e promotor da diversidade em todas as suas formas. Isso implica na necessidade de nos sentirmos seguras, de sermos respeitadas, de termos acesso irrestrito a informações e de termos garantidas oportunidades de educação, de forma que cada uma de nós possa alcançar o pleno potencial acadêmico e profissional.
Entre tantos outros desafios, também devemos continuar promovendo uma orientação ampla sobre as questões de gênero e sobre empoderamento feminino, dentro e fora da nossa comunidade universitária, incentivando o diálogo aberto e construtivo. Isso pode ser alcançado por diversas iniciativas, entre elas a implementação de programas de mentoria, a criação de redes de apoio e a oferta de oportunidades de desenvolvimento profissional. Além disso, precisamos combater ativamente o sexismo, o assédio e a discriminação de gênero em todas as suas formas, fomentando uma cultura de respeito e inclusão.
Em respeito às 15 mil trabalhadoras que ocuparam as ruas de Nova Iorque em 1908, denunciando as aviltantes condições de trabalho na indústria têxtil; em respeito à memória dos 146 operários, a maioria mulheres jovens e imigrantes, que morreram no dia 25 de março de 1911, vítimas de um incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, também em Nova Iorque, provocado pelas condições insalubres de trabalho, não devemos deixar o Dia Internacional da Mulher ser apenas mais uma data de nosso calendário.
Em nome da UFOP, instigada por essa reflexão, expresso nossa sincera gratidão a todas as mulheres que enriquecem o cotidiano da nossa Universidade, com sua dedicação, talento e determinação. Que suas conquistas sirvam de fonte perene de inspiração para as gerações futuras da nossa comunidade!
Cláudia Marliére – Reitora
CAMPANHA - A foto da campanha do Dia Internacional da Mulher conta com três mulheres que atuam no Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas (Icea), unidade da UFOP em João Monlevade. Aparecem na foto, da esquerda para a direita:
Naira Araújo é técnica administrativa e trabalha no colegiado do curso de Engenharia Elétrica.
Liziane Bruna Barcelos, também técnica administrativa, é vice-chefe e secretária do Departamento de Engenharia Elétrica.
Débora Roque é funcionária terceirizada da UFOP e atua como recepcionista no Icea há quase 15 anos.
No Dia Internacional da Mulher, a Rádio UFOP colocou no ar uma reportagem que conta a história da ouro-pretana Marilda Dionísia, integrante dos coletivos Mulheres do Morro, De Mãos Dadas e Apaop que abraça o acolhimento ao outro como sua missão pessoal.