Os integrantes do Grupo de Estudos e Pesquisas Socioambientais (Gepsa) da UFOP Lucas Ramos e Tatiana Ribeiro vão participar da programação de abertura da exposição "Paisagens Mineradas: marcas no corpo-território", no próximo domingo (1º), compondo as mesas de conversa “A Propaganda na Era do Greenwashing” e “Tragédia Local, Impacto Global”.
A exposição estreia no sábado (30), no Anexo do Museu da Inconfidência, e tem enfoque em memória, denúncia e renascimento, abordando as consequências históricas e contemporâneas da exploração mineradora, no mês que marca os nove anos do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana.
A EXPOSIÇÃO - "Paisagens Mineradas: marcas no corpo-território" é realizada pelo Instituto Camila e Luiz Taliberti e tem curadoria de Isadora Canela e Carla Cruz. Reúne 12 artistas mulheres que, por meio de videoarte, instalações, pinturas e gravuras, retratam as cicatrizes deixadas pela mineração em corpos e territórios brasileiros e também a capacidade de regeneração. "Nos horizontes do tempo, cicatrizes desenham as paisagens do corpo, da memória e da terra. 'Paisagens Mineradas' é um convite à imaginação de um solo fértil. Nessa lama vermelho-sangue, semeamos a vida”, reflete o texto de apresentação da exposição.
Helena Taliberti, presidente do Instituto e mãe de vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho, destaca: "Esta exposição é um convite para que a sociedade reflita sobre o futuro que está sendo construído e para que tragédias como essas não sejam esquecidas. A itinerância da exposição é uma forma de nos conectar com as famílias que passaram pelo mesmo trauma, com pessoas que também acreditam nessa luta e ainda agregar pessoas que se sintam tocadas pela causa e pela arte”. Antes de chegar a Ouro Preto, a exposição passou por São Paulo (SP) e Belém (PA).
A visitação é de terça a domingo, das 10h às 17h, e segue até 15 de março de 2025. A entrada é gratuita.
Gepsa: O grupo de pesquisa Gepsa realiza, desde 2016, atividades no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão. A partir das linhas de pesquisa "Impactos da Mineração na Produção do Espaço" e "Repercussões sociais, econômicas, jurídicas e ambientais do rompimento da barragem de Fundão", atua no desenvolvimento de relatórios, projetos, tecnologias sociais, materiais gráficos, entre outros. Além disso, o coletivo vem participando de assembleias, audiências e reuniões para garantir a participação popular e a reparação para as pessoas atingidas.