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Egressa da UFOP é selecionada no prêmio "Para Mulheres na Ciência"

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Arquivo Pessoal
Sorridente, Raquel Moreira posa para foto.
A bióloga Raquel Moreira, formada pela UFOP, foi uma das contempladas na categoria "Ciências da Vida" do Programa "Para Mulheres na Ciência", da L’Oréal Paris, em parceria com a Unesco e a Academia Brasileira de Ciências. O projeto da pesquisadora, que já havia se candidato ao prêmio em outras três oportunidades, pretende investigar "Os efeitos colaterais ambientais de medicamentos para o bem-estar: quando os antidepressivos e os ansiolíticos perturbam o comportamento animal".
 
Natural de Manhuaçu (MG), Raquel iniciou sua trajetória acadêmica na UFOP, onde se graduou em Ciências Biológicas. Logo realizou mestrado em Ecologia e Recursos Naturais e doutorado em Ciências, ambos pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
 
Segundo ela, a Universidade representa não apenas um local de ensino, mas também uma parte fundamental do seu desenvolvimento pessoal, acadêmico e profissional. "Na UFOP, tive a oportunidade de me conectar com professores, colegas e profissionais de diferentes áreas, inclusive no universo republicano, criando uma rede de contatos que se revelou extremamente valiosa, tanto para a minha vida acadêmica quanto pessoal. Essas conexões se traduzem, atualmente, em colaborações de pesquisa e em amizades duradouras", destaca.
 
Atualmente, Raquel é professora na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da Universidade de São Paulo (USP) e coordena o Laboratório de Ecologia Aplicada e Ecotoxicidade (Leatox), onde lidera estudos sobre os impactos humanos nos ecossistemas aquáticos.
 
Seu projeto premiado aborda os efeitos de antidepressivos e ansiolíticos — como fluoxetina, diazepam e citalopram — em espécies aquáticas. Esses medicamentos, amplamente utilizados no tratamento de distúrbios psiquiátricos humanos, chegam aos ecossistemas aquáticos por meio de descarte inadequado ou excreção, já que as estações de tratamento de água residuais no Brasil não conseguem reter esses compostos. A pesquisa buscará avaliar como essa contaminação afeta o comportamento, a reprodução e a sobrevivência de espécies como o peixe-zebra (Danio rerio), um importante bioindicador da qualidade da água.
 
Para desenvolver o estudo, Raquel utilizará técnicas inovadoras, como o Sistema de Ensaio Multi-Habitat Heterogêneo (HeMHAS), que simula ambientes mais próximos da realidade para avaliar como os animais reagem a diferentes níveis de contaminação. A hipótese central do trabalho é que esses compostos podem induzir uma "falsa sensação de bem-estar", alterando comportamentos naturais das espécies e comprometendo sua capacidade de sobrevivência.
 
O reconhecimento pelo prêmio permitirá que Raquel avance em uma pesquisa essencial para a conservação ambiental, ao mesmo tempo em que reforça o papel transformador da UFOP na formação de pesquisadores comprometidos com questões ambientais globais, evidenciando a importância de incentivar a ciência e a inovação.
 

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