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“A cor da Cultura” discute a importância da valorização da cultura afro-brasileira no ensino

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Ticiane Alves

O início das atividades do projeto  educativo “A cor da Cultura” contou com uma mesa de apresentação do evento e com a palestra de abertura “Ecos de Durban na Vila Rica: lutas, avanços, conquistas no campo das ações afirmativas na educação e  movimentos sociais”. A mesa teve a participação da professora e coordenadora de projetos do Canal Futura, Maria Correia, e de autoridades da área de educação de Ouro  Preto e da UFOP, como a coordenadora da Casa do Professor de Ouro Preto, Maristela  Moreira; o secretário de Educação, José César de Sousa; a secretária de desenvolvimento social, habitação e cidadania, Maria Regina Braga, e a vice-reitora da Universidade, Célia Maria Fernandes Nunes.

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Vice-reitora da UFOP participa da mesa de abertura - crédito da foto: Ana Carolina Vieira
 
A palestra de abertura foi ministrada pelo pedagogo da UFOP e coordenador administrativo do Neab-UFOP,  Adilson Pereira dos Santos, e teve a participação do jornalista e diretor do Instituto de Turismo e Eventos de Ouro Preto, Willian Magalhães Adeodato. A palestra trouxe discussões sobre o  protagonismo que os movimentos sociais de Ouro Preto tiveram no processo que encaminhou o município para a atual posição que ocupa em relação às leis 10.639/03 e 59/05, de valorização da cultura afro-brasileira.  Adilson Santos esclareceu sobre a Conferência Mundial Contra o Racismo, Discriminação Racial Xenofobia e Intolerância Correlata (Conferência de Durban), de  2001, e mostrou sua importância no contexto brasileiro das lutas pela igualdade racial.  Ele relatou a influência dessas lutas para as atuais Políticas de Ação Afirmativa brasileiras e relacionou as discussões tratadas  na conferência aos movimentos sociais de Ouro Preto. Por último, apresentou as  conquistas da população afro-brasileira de Ouro Preto e propôs desafios que precisam  ser alcançados em relação à temática. Santos reforçou que os movimentos sociais  precisam ser retomados para que os direitos sejam garantidos e ainda afirmou que  “graças às cotas, a UFOP ampliou suas portas”.
 
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O pedagogo Adilson Pereira dos Santos inicia os trabalhos do projeto educativo "A cor da cultura" - crédito da foto: Ana Carolina Vieira
 
O pedagogo Adilson convidou Wiliam Adeodato para encerrar a palestra, explicando sobre a história de funcionamento do  Núcleo de Educação  Patrimonial das Relações Ético-raciais de Ouro Preto - Neper, Núcleo, que, de acordo com ele,  encontra-se “adormecido”. Wiliam disse que “esse encontro é uma oportunidade para  que possamos sair dessa reunião com a meta de que o Neper seja reconstituído. Aqui nós encontremos pessoas dedicadas parar retomar essa caminhada do Neper”. Maria Correia afirmou que a realização desse projeto é importante porque “a  educação  para as questões etnicorraciais tem que estar dentro do currículo da escola  como uma forma de recontar a história do Brasil para os nossos alunos", completando que "é preciso que os conteúdos que a escola trabalha estejam aproximados da realidade da vida dos alunos. É  preciso que os alunos se sintam pertencentes do espaço escolar”, defende. 

Na mesa de abertura, os convidados debateram a importância da realização do programa de valorização da cultura afro-brasileira para o aprimoramento das práticas pedagógicas dos educadores das escolas públicas de ensino fundamental e médio de Ouro Preto. A vice-reitora, Célia Nunes, observou que a UFOP se considera integrada à educação básica e que, a parceria entre a Universidade e o programa compactua com essa visão. Sobre a realização de "A cor da cultura" em Ouro Preto, ela afirma que “o evento mobiliza a todos para que possamos trazer à tona essa discussão e assim  construir políticas para inserir e integrar as minorias, trazendo-as para os seus lugares de protagonistas”. A mesa foi encerrada com a apresentação da história do projeto “A cor  da Cultura”, feita pela coordenadora Maria Correia. 

As atividades do projeto “A Cor da Cultura” vão até o dia 26 de fevereiro, das 8h às 17h, na Escola de Minas da Praça Tiradentes.  Durante os  dias de atividades, os materiais didáticos  produzidos pelo projeto serão explorados em oficinas educativas e discussões. Serão  propostas reflexões de como esses materiais podem contribuir para as práticas  pedagógicas dos professores.
 
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Público acompanha atentamente as atividades do projeto - crédito da foto: Ana Carolina Vieira 

Sobre o projeto
"A Cor da Cultura" é um projeto educativo que tem como objetivo a valorização do patrimônio cultural afro-brasileiro e de reconhecimento da história e da contribuição da população negra para a ociedade brasileira. O projeto teve início em 2004, e é fruto de uma parceria entre Canal Futura, Petrobras, Centro de Informação e Documentação do Artista Negro (Cidan), TV Globo e Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.  As atividades do projeto em Ouro Preto são direcionadas a professores, membros dos Conselhos e representantes do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da UFOP.

 

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