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Abertas inscrições para o Prêmio Jovem Cientista

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A premiação é destinada a universitários e estudantes do ensino médio. São 150 milhões em prêmios.

Se você gosta de ciência e produz trabalhos ligados à educação, fique ligado. Até o dia 8 de agosto, estão abertas as inscrições para 23ª edição do Prêmio Jovem Cientista, promovido pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Gerdau e a Fundação Roberto Marinho. Este ano, o tema escolhido para a premiação é “Educação para reduzir as desigualdades sociais”. Podem se inscrever estudantes de ensino médio e superior e pesquisadores já graduados. Durante o mês de setembro, as comissões farão a análise e o julgamento dos trabalhos. Em outubro, os vencedores serão conhecidos. Ao todo, serão distribuídos R$ 150 mil em prêmios.

Os candidatos que já se formaram e os que ainda cursam o ensino superior podem inscrever trabalhos cujas linhas de pesquisa sejam: mecanismos de inclusão social (tecnologia digital, educação empreendedora, acessibilidade e mobilidade social); popularização da ciência, tecnologia e inovação; o papel da educação na superação da violência; ou a educação como instrumento do antidesperdício de energia, energia como fator de segurança, conservação da energia elétrica (produção e consumo) fomentando a criação de empregos.


Já os estudantes de ensino médio devem escrever uma redação, de no máximo três páginas, sobre os seguintes assuntos relacionados ao tema: educação e desigualdades sociais (raízes históricas das desigualdades no Brasil e educação e superação das desigualdades); mecanismos de inclusão (tecnologia digital e educação, educação a distância, educação empreendedora e qualidade do ensino e mobilidade social); popularização da ciência, tecnologia e inovação (C&T&I no currículo escolar e divulgação da C&T&I na comunidade); educação e superação da violência (educação, violência e pobreza e violência na escola) e educação, ambiente e saúde (educação e ambiente — relação do homem com os recursos naturais, incluindo geração e economia de energia — e educação e saúde).

Criado para estimular a produção de conhecimento científico no país e revelar jovens talentos, o prêmio também apresenta soluções para problemas enfrentados pela sociedade. “Esperamos conduzir esses jovens para as atividades científicas ou consolidar a carreira de quem já é pesquisador”, ressalta Rita de Cássia da Silva, chefe do Serviço de Prêmios do CNPq. Para ela, o Prêmio Jovem Cientista é importante porque dá chances para que os jovens continuem os trabalhos científicos, com a distribuição de bolsas de pesquisa.

Palavra de campeões

Milena Boniolo, 27 anos, venceu a última edição do prêmio na categoria graduado. Mestre em química ambiental, ela apresentou uma pesquisa sobre a utilização da casca da banana no tratamento de água poluída por metais pesados. A idéia é aproveitar as cascas da fruta, que vão para o lixo, para limpar resíduos industriais antes que sejam jogados na natureza. No doutorado, que começará em breve, Milena espera poder colocar em prática a proposta desenvolvida no laboratório. “A cada 40 minutos em contato com o pó feito da casa da banana, a água poluída fica 65% mais limpa”, garante a pesquisadora.

No ano passado, o tema do prêmio se relacionava com práticas de gerenciamento da biodiversidade. Por isso, ela se animou a competir. Não esperava ganhar de jeito nenhum. “Duvidei que tinha ganhado até o último minuto. Foi muito bom para a minha carreira. É gratificante ver nosso trabalho reconhecido e divulgado”, afirma. Milena conta que incentiva todos que conhece a fazer o mesmo e participar. Felipe Arditti, 18, ganhador da categoria estudante de ensino médio na última edição do prêmio diz que também faz o mesmo. Ele, que agora cursa engenharia química na Universidade de São Paulo (USP), garante que a experiência é marcante.

“Desenvolvi um dispositivo para verificar o quão poluente é a fumaça de caminhões. Aprendi a fazer pesquisa de verdade, trabalhei com áreas que gosto: exatas e meio ambiente. A vitória foi uma surpresa”, comenta. Felipe diz que o projeto científico o ajudou a escolher a carreira na universidade e até a deixar de ser tímido, porque teve de explicar a pesquisa para muita gente.

Período de inscrições

Até o dia 8 de agosto.

Categorias

Há cinco premiações: graduado, estudante do ensino superior, estudante do ensino médio, orientador e mérito institucional.

Quem pode participar

Na categoria graduado, podem se inscrever quem já concluiu o curso de graduação, estudantes de pós-graduação e pós-graduados e que, até 31 de dezembro de 2006, tinham menos de 40 anos de idade. Estudantes de ensino superior que desejam participar do prêmio devem estar matriculados em cursos de graduação e, até 31 de dezembro de 2006, deveriam ter menos de 30 anos. Para disputar a categoria estudante do ensino médio, os alunos devem estar regularmente matriculados em escolas públicas ou privadas e em escolas técnicas e que tivessem, até 31 de dezembro de 2006, 25 anos. Os orientadores dos candidatos das categorias graduado e estudante do ensino superior estarão automaticamente inscritos. As instituições de ensino médio e de ensino superior que apresentarem o maior número de trabalhos com qualidade ou mérito científico serão premiadas.

Como se inscrever

Pelo site www.jovemcientista.cnpq.br ou pelos Correios. É necessário preencher uma ficha de inscrição e enviar documentos. Confira o regulamento no site do prêmio.

Premiação

Os três primeiros colocado nas categorias graduado e estudante do ensino superior ganharão prêmios em dinheiro (que variam de R$ 7 mil a R$ 20 mil). Os estudantes de ensino médio receberão computadores e impressoras (os professores e as escolas dos três primeiros colocados na categoria levarão o mesmo prêmio). Até seis orientadores serão premiados também com computadores e impressoras; as duas escolas que levarem o prêmio de mérito institucional receberão R$ 30 mil e o pesquisador doutor que receber a menção honrosa será premiado com R$ 15 mil. Os estudantes de ensino médio e superior e os já graduados poderão receber bolsas de pesquisa durante um ano.

(Priscilla Borges - Correio Braziliense)