Criado por Tiago Maia em qui, 21/03/2024 - 17:11 | Editado por Chico Daher há 8 meses.
Terminou ontem (20) o Curso de Mediação oferecido pela Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progep) para servidores técnico-administrativos e docentes que vão atuar na Câmara de Mediação e Resolução de Conflitos da UFOP. A criação do setor ainda será submetida ao Conselho Universitário (Cuni). As aulas foram ministradas pela coordenadora da Câmara de Mediação de Conflitos da Universidade Federal de Goiás (UFG), Rogéria Francisca Silva.
A instauração da Câmara é um dos objetivos da Diretoria de Corregedoria Geral (DCG) da UFOP e a proposta foi incluída no Plano de Integridade deste ano. A iniciativa visa, sobretudo, dar maior celeridade à resolução de conflitos internos e incentivar o protagonismo de toda a comunidade universitária na construção de uma cultura de paz e diálogo. A minuta do regimento da Câmara está pronta e já foi apreciada pela Controladoria Geral da União (CGU).
Débora Reis, diretora da Corregedoria Geral, explica como vai funcionar a resolução de conflitos através da Câmara de Mediação: "A Câmara de Mediação será instância deliberativa que estará ligada diretamente à Corregedoria da UFOP e terá como objetivo solucionar conflitos dentro do ambiente da Universidade, seja ele entre servidores docentes, técnicos, terceirizados ou alunos da Instituição. A partir do recebimento de denúncias e, claro, da formalização das mesmas por qualquer canal de recebimento das queixas, será oferecida aos conflitantes a oportunidade da autocomposição bilateral da solução da questão, com vistas ao desenvolvimento de um ambiente mais saudável de convivência, com a restauração do diálogo, a aceitação do outro. Mediar é a forma mais privilegiada de resolver conflitos, porque as partes conflitantes abrem mão dos próprios interesses em favor de uma solução construída e compromissada, facilitando o encaminhamento de melhores resultados para a restauração do ambiente pacífico na UFOP".
A respeito da capacitação com a temática de mediação, ela "proporcionou aos servidores docentes e técnico-administrativos que estiveram presentes conosco nestes três dias o conhecimento de ferramentas capazes de facilitar o diálogo entre os conflitantes no propósito da melhoria das relações interpessoais", conclui Débora.
A criação do setor se deve à complexidade das relações interpessoais e ao volume de processos, exigindo a adoção de novas ferramentas de prevenção ou tratamento adequado dos conflitos. A ideia é implementar o setor utilizando métodos que valorizem a construção coletiva do consenso e a eficiência no serviço público.
Na oportunidade, foram capacitados 16 servidores docentes e técnico-administrativos, que vão receber o certificado de mediadores e poderão cooperar com outras instituições federais de ensino que já possuem o setor.