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Aids: a prevenção ainda é o combate

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Carol Antunes
 
No dia 1° de dezembro, comemora-se o Dia Mundial da Luta contra a Aids, e as campanhas de conscientização têm um papel fundamental na luta contra o HIV e para a redução do preconceito. Na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), projetos da Escola de Nutrição e da Escola de Medicina auxiliam em ações de prevenção, conscientização e tratamento da doença.

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a Aids, ainda não tem sem cura. Apesar de os tratamentos poderem proporcionar aos infectados pelo vírus HIV uma boa qualidade de vida, a prevenção é fundamental. Pensamentos “comigo não vai acontecer” e “uma vez só não tem problema” são as maiores desculpas para não se usar o preservativo, o que dificulta o combate à doença. Segundo recente pesquisa do Programa das Nações Unidas para HIV e Aids (Unaids), o número de infecções com o vírus HIV aumentou 11% no Brasil entre 2005 e 2013, ao contrário de outros países do mundo que apresentaram queda nesse período. 

A médica infectologista e coordenadora do Ambulatório-Escola da UFOP, Carolina Ali, ressalta a importância das campanhas de prevenção: “O foco é mostrar que qualquer pessoa pode correr o risco de infecção se tiver uma relação insegura e tentar diminuir o estigma. Se eu tenho o vírus, não quer dizer que sou uma pessoa promíscua, mas que eu não me cuidei em algum momento”. 

É importante ressaltar que o HIV não é transmitido pelo beijo, toque, abraço, aperto de mão, divisão de toalhas, talheres, pratos, suor ou lágrimas. A forma mais comum de transmissão do HIV é a relação sexual com alguém infectado, sendo que o vírus só pode entrar no organismo via vagina, pênis, ânus ou boca durante o ato sexual, além do contato do organismo com sangue contaminado. “Devemos lembrar que a pessoa que vive com HIV não tem cara de doente, são indivíduos saudáveis, e que todo mundo que tem vida sexual precisa se prevenir mesmo”, alerta a médica.


Acompanhamento multidisciplinar
O Projeto de Extensão Ambulatório de Doenças Infecciosas e Parasitárias, coordenado pela professora da Escola de Nutrição da UFOP, Sônia Figueiredo, trata os pacientes soropositivos nas áreas de farmácia, psiquiatria, ginecologia, psicologia e nutrição. Participam da iniciativa 37 pacientes, que são encaminhados para cada especialidade de acordo com a demanda. 

Sônia conta que o objetivo do projeto é criar uma forma de assistir melhor os portadores das doenças infectoparasitárias na região de Ouro Preto, em especial o HIV. “Temos um banco de dados, com todas as informações dos pacientes, que é alimentado pelos estudantes. Trabalhamos em conjunto e temos reuniões mensais para discutir os casos e artigos relevantes e mais recentes”, completa.

 
- Reportagem públicada originalmente na edição nº 198 - novembro/dezembro - do Jornal da UFOP
 
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