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Alunos do Nepal fazem Doutorado Pleno na UFOP

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Mariana Borba

Deena Shrestha e Bijay Bajracharya vieram do Nepal para fazer o doutorado na UFOP. A vinda de estudantes estrangeiros, que têm ingressado na UFOP para fazer o Doutorado Pleno, programa definido pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq), já é uma realidade na Universidade. A formação de doutores no exterior em instituições reconhecidas nas áreas de conhecimento científico e tecnológico é o objetivo do Doutorado Pleno fora do País. Aqui, o estudante estrangeiro faz o período inteiro do doutorado, recebendo o diploma de conclusão pela UFOP.  Esse é o caso de Deena e Bijay. Para o doutoramento deles, foi feito um acordo entre o CNPq e a Academia de Ciências para os Países em Desenvolvimento (Third World Academy of Sciences - TWAS) que visa a estimular a formação de jovens pesquisadores provenientes de países em desenvolvimento no campo das ciências naturais. 

De acordo com André Talvani, pró-reitor adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação. ex-alunos da UFOP desenvolvem seu doutoramento em outros países e, ao retornarem ao Brasil, “solicitam revalidação de seu diploma junto a uma instituição de ensino que possua Programas de Pós-graduação com qualidade igual ou superior àquele onde obtiveram o título (fora do País)”. Talvani explica que a UFOP recebe vários estudantes de graduação e pós-graduação e visitantes internacionais há anos por períodos variados, mas esse casal, em particular, realizou o seu doutorado completo na Universidade e vinculado ao único Programa de Pós-Graduação avaliado com nota 6 na UFOP (CBIOL – Ciências Biológicas/Nupeb). Deena Shrestha veio de Katmandú, capital do Nepal, assim como seu marido, Bijay Bajracharya. Ele foi o primeiro estudante a fazer o doutorado completo na UFOP, e Deena foi a primeira a defender a tese, na segunda semana de março. Os trabalhos dos dois foram focados em imunoparasitologia e tanto o processo de qualificação quanto a defesa do doutorado ocorreram em língua inglesa. 

A pesquisa de Deena foi sobre infecção pelo Trypanosoma cruzi, enquanto de Bijay foi sobre leishmaniose. Os dois se surpreenderam com a pesquisa no Brasil e com o laboratório que utilizaram durante os quase cinco anos que passaram em Ouro Preto. Bijay relata que a pesquisa científica no Brasil é forte devido aos portadores da doença (leishmaniose) que são muitos nas áreas carente. “Nós temos os pacientes e temos a doença aqui, por isso a pesquisa é forte. Não se acha essas doenças nos EUA, os pesquisadores norte-americanos querem colaborar aqui porque você entra em contato com o cenário da região. Já que trabalhamos na área, nos sentimos sortudos em poder estudar na UFOP”. Deena também elogia a experiência na UFOP: “Aprendi muitas técnicas aqui. Sou da área de microbiologia, e nossos trabalhos aqui são diferentes. Tive um bom treinamento e posso afirmar que volto como uma pesquisadora mais experiente”. 

ESPECIALIZAÇÕES - O programa CNPq-TWAS concede bolsas de doutorado (GD), pós-doutorado (PDJ) e doutorado-sanduíche (SWP) a jovens pesquisadores estrangeiros em instituições brasileiras (Programas de Pós-graduação avaliados pela Capes com notas 5, 6 e 7). As bolsas de doutorado têm duração máxima de 48 meses. A TWAS é responsável pelo financiamento das passagens; e o CNPq, pelo pagamento das bolsas desses estudantes no Brasil.
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