O projeto foi criado em 2020 com o intuito de acolher alunos negros e LGBTQ+ recém-ingressos no Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) e no Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (Icsa), em Mariana. A ação busca fazer com que esses estudantes se sintam pertencentes ao espaço universitário.
A princípio, a proposta do projeto era construir rodas de conversa nos espaços da UFOP, mas devido ao isolamento social foi preciso construir novas estratégias para alcançar esse objetivo.
Com o apoio das idealizadoras do projeto, Cristina Carla Sacramento e Adelina Nunes, dos colaboradores, bolsistas e participantes, foram elaboradas rodas de conversa virtuais, espaços de diálogo com o coletivo estudantil Braima Mané e um sarau virtual. O curta-poético "Memórias de nós: das cicatrizes às mandingas" e o e-book "Mandingas: (re)nascendo de nós" foram resultados do sarau. As duas produções foram orientadas pelo conceito de mandinga, elaborado pela professora do Departamento de Letras (Delet) Kassandra Muniz.
De acordo com Áquila Bruno Miranda, uma das orientadoras do projeto, os encontros com os estudantes do projeto convocam a Universidade para o compromisso de repensar o embranquecimento dos currículos, dos modos de produção de conhecimento e das práticas educativas na sala de aula. Para ela, as atividades realizadas trouxeram um grande impacto ao modo de ser educadora. "As falas, poesias e trajetória dos estudantes negros nos alertam para a urgência de escutar e reconhecer, no espaço universitário, os saberes produzidos pela população negra", finaliza.
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