Ir para o conteúdo

Atividades promovidas pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros ressaltam a cultura negra

Twitter icon
Facebook icon
Google icon

Júlia Mara Cunha

O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) da Universidade Federal de Ouro Preto promoveu, nos dias 29 e 30 de novembro e 1º de dezembro, o II Festival de Artes Afro-Diaspóricas e a IV Semana da Consciência Negra, no Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), em Mariana, e na Tenda da Vale e na Escola de Minas, em Ouro Preto. O evento contou com palestras, sarau afro, roda de samba, minicursos e oficinas.

Na mesa de abertura, realizada no dia 29, no auditório do ICHS, a professora do Departamento de História da UFOP Ana Mônica Henriques Lopes discutiu a história e o racismo e afirmou que "a única via para minimizar o racismo é exigir uma educação de qualidade e menos violência". O escritor, historiador e mestre em educação pela Universidade de São Paulo, Allan da Rosa, também participou da mesa. Ele falou sobre a literatura marginal da periferia de São Paulo e realizou leituras de textos. "O que produzimos é de nós para nós mesmos. A cultura negra está viva nos nossos bairros. É visível, olfativa, palatável, é para ser tocada", explicou o historiador.

A estudante do 1º período de Letras Marianne Rodrigues comentou que as atividades foram uma oportunidade de se abrir para novas informações e "perceber preconceitos que sofria e nem percebia", uma vez que essas ações já são vistas naturalmente.

De acordo com a coordenadora do Neab, Kassandra Muniz, "as atividades realizadas durante o festival tiveram o objetivo de falar sobre a cultura negra, que é brasileira e está presente em nosso cotidiano e que tem a ver com o modo como as nossas famílias e os nossos hábitos se constituíram". A ideia do evento, segundo ela, "é tornar visível essa riqueza de possibilidades intelectuais e artísticas pouco conhecidas e se apropriar dessa cultura que é nossa", concluiu.