Ir para o conteúdo
Ir para o conteúdo
GovBR

Atuação da Escola de Medicina contribui para o controle de doenças parasitárias

Twitter icon
Facebook icon
Google icon
Fernanda Mafia

"Mais do que formar médicos, temos que preparar os profissionais para atuarem de acordo com as demandas da região", defende a professora da Escola de Medicina da UFOP Carolina Marinho. Ela, junto com o professor George Luiz Lins Machado Coelho, é responsável pelo Laboratório de Epidemiologia das Doenças Parasitárias e desenvolve pesquisas que buscam aperfeiçoar o atendimento no ambulatório universitário, atendendo às necessidades dos moradores do município. Dessa forma, ensino, pesquisa e extensão, o tripé que sustenta a universidade, caminham juntos na formação de alunos cada vez mais preparados para clinicar de maneira humanizada e capacitada.

Confira o depoimento da professora Carolina Marinho para o projeto UFOP Conhecimento:



O processo se dá em etapas. A primeira delas é o levantamento de dados junto aos moradores da região, mapeando as doenças que predominam na população. Carolina Marinho esclarece que "os alunos promovem um rastreio de doenças infecciosas, principalmente doenças sexualmente transmissíveis e a esquistossomose". Em Antônio Pereira, distrito de Ouro Preto, a pesquisa observou que o local possui vários casos da forma crônica da esquistossomose, visto que ali já existiu uma grande frequência de contaminação pela doença. No reconhecimento de possíveis infectados, foram usados testes que fornecem o diagnóstico em vinte minutos, pela urina. Nesse sentido, há também uma perspectiva colaborativa, em que os alunos acompanham as equipes de saúde do município nos atendimentos, com o objetivo promover a interação do curso de Medicina com os profissionais que já atuam na cidade.

Posteriormente, esses dados são levados para o laboratório, onde os alunos desenvolvem ações de pesquisa e executam testes voltados para os casos mais frequentes. Após o contato e a investigação detalhada dessas doenças, os alunos vão para o atendimento clínico para atender os pacientes que procuram o ambulatório. Carolina ainda atenta para a importância de reconhecer essas doenças ainda na fase inicial: "Observamos que, em muitos casos, o doente pula a fase de atenção básica e só procura atendimento quando já está debilitado pela doença". Marinho acredita que, conhecendo as particularidades da região, é possível oferecer tratamentos de mais qualidade e disseminar a atuação da Escola de Medicina na região em que a UFOP está inserida. "Este é um trabalho de pesquisa que só é possível na interação entre a universidade e o município", finaliza.