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Cine Teatro Vila Rica comemora 50 anos e apresenta programação especial

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Dando continuidade às sessões em comemoração ao cinqüentenário do Cine Teatro Vila Rica, o Comitê Aberto de Cinema da UFOP (ComCine), a Pró-Reitoria de Extensão da UFOP (Proex) e o Cine Teatro Vila Rica apresentam o filme Mineirinho, Vivo ou Morto, de Aurélio Teixeira (Brasil, 1967, Ficção, Cores, 93 minutos)

 

O filme conta a história de José Rosa de Miranda que vive num dos morros cariocas. Ao proteger Isabel de um grupo de marginais, mata acidentalmente um dos bandidos, Arubinha. A imprensa marrom o transforma em inimigo público, apelidado Mineirinho. Refugiado no morro, ele é caçado pela polícia e pelo irmão da vítima, Cobrinha. Vira amigo de alguns marginais moradores da Mangueira e torna-se realmente um marginal. Com Jece Valadão e Leila Diniz.

 

Serviço

Mineirinho, Vivo ou Morto

Dia 26 de outubro

23h

Cine Teatro Vila Rica

Entrada franca

 

Os 50 anos do Cine Teatro Vila Rica

 

O Cine Vila Rica, cinema de Ouro Preto, comemora, neste ano, 50 anos de existência. Nasceu do sonho de Salvador Trópia, italiano radicado no Brasil em 1957, e hoje é o único espaço de projeção cinematográfica da região e um dos mais tradicionais de Minas Gerais.

 

Salvatore Trópia, que após se instalar no Brasil, ficou conhecido como Salvador Trópia, nasceu na província de Agrigento, Itália, e em 1896 - aos cinco anos - desembarcou no Brasil com seus pais Vicenzo Trópia e Rosa Bonsagne Trópia. Apesar de não ter tido oportunidade de estudar e ter uma vida simples, tinha um grande sonho: ter um cinema.  

 

Tudo começou em 1924, quando comprou uma pequena sala onde exibia filmes mudos - o Cine Central. Alguns membros da família integravam os conjuntos orquestrais que serviam para dar vida aos filmes.

 

Mais tarde, adquiriu duas casas próximas ao Cine Central, mas o patrimônio não aprovou o seu projeto. Ele não desistiu e, recebendo a notícia de que o prédio construído em 1886 para abrigar o então Liceu de Artes e Ofícios (de 1886 a 1937) havia sido colocado a leilão, Salvador não pensou duas vezes, arrematou o imóvel já com a intenção de reformá-lo e instalar ali um cinema. Como o prédio era tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foram necessários anos de negociações, ameaças e brigas, até que finalmente Salvador conseguiu inaugurar o Cine Vila Rica. 

 

O primeiro filme sonoro exibido foi “Rebelião em Vila Rica” de 1958 - rodado em Ouro Preto - direção de Renato e Geraldo Santos Pereira. 

 

Sempre contou com grandes lançamentos, como os clássicos: “Reis dos Reis”, “Bem Hur”, “Sissi”, “A Noviça Rebelde” e “E o Vento Levou”, sem contar os faroestes imperdíveis como “O Dólar Furado” e muitos outros, além dos filmes nacionais protagonizados por “Mazaroppi”. A casa sempre lotada, onde os 650 lugares eram poucos para tantos que se enfileiravam nos passeios da frente, nas esquinas do Fórum, na Rua do Paraná. Às vezes, nos finais de semana, as três sessões diárias eram insuficientes para tanta gente e era comum depararmos com pessoas assentadas no chão e em pé assistindo ao tão esperado filme.

 

O Cine Vila Rica pertenceu à família Trópia por 27 anos. Em 1985, o cinema foi fechado. A falta de público, a concorrência da televisão e o baixo poder aquisitivo foram alguns dos motivos. No ano seguinte, a Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP adquiriu o prédio transformando-o em Centro de Cultura ao manter o seu funcionamento regular. Em agosto de 2004, a UFOP reabriu, em grande estilo, o Cine Teatro Vila Rica, com equipamentos modernos e programação atual e diversificada.

 

Hoje palco de grandes encontros, o Cine Teatro Vila Rica representa um marco da história cultural de Ouro Preto.