O telejornal Pontes, desenvolvido na disciplina de Telejornalismo por meio do Laboratório de Criação e Produção Audiovisual do Departamento de Jornalismo (Dejor), ganhou um conselho editorial externo, formado por cidadãos de Mariana e Ouro Preto. A proposta dialoga com o processo de curricularização da extensão e visa aproximar ainda mais a população marianense e ouro-pretana dessa produção laboratorial, coordenada pelo professor Adriano Medeiros da Rocha.
Os integrantes do conselho editorial foram sugeridos diretamente pelos alunos da disciplina de Telejornalismo, levando em conta a participação ativa dessas pessoas em suas respectivas comunidades. Cada uma das três turmas terá quatro representantes das comunidades externas à UFOP, dialogando sobre o processo construtor do telejornal Pontes. A primeira participação dos membros do conselho editorial comunitário aconteceu, remotamente, na aula de quinta-feira (21/10), quando alunos, membros do conselho, professor, técnico e monitor tiveram a oportunidade de desenvolver a reunião de pautas da turma, discutindo temas, angulações, possíveis personagens, estrutura e formas de desenvolvimentos do ciclo produtor que se inicia no semestre letivo atual.
O conselho editorial externo da primeira turma de Telejornalismo foi criado com a participação dos seguintes representantes da comunidade: Patrícia Ramos, professora da rede estadual, militante do PSTU e do Movimento Mulheres em Luta (MML); Milton França, que trabalhou com administração financeira da FEOP, secretário de Fazenda do municípios de Ouro Preto e de Mariana, participante de projetos culturais nos distritos de Monsenhor Horta e Padre Viegas e pintor de telas por hobby; Gilmar da Silva, professor de Educação Física na Escola Municipal Dom Oscar, em Mariana, trabalha em diversos projetos na área da Educação; e Xisto Siman, palhaço, ator, circense e está à frente do Circovolante de Mariana, trabalha com vários eventos artísticos, além de idealizar o Encontro Internacional de Palhaços.
De acordo com Adriano, a modalidade remota tornou possível a implantação da iniciativa, que já estava sendo planejada há alguns semestres. "A ideia é constituir produções audiovisuais não apenas sobre a comunidade, mas, literalmente, com a comunidade. Assim, a partir desta troca de conhecimentos, acreditamos ter a oportunidade de desenvolver um conteúdo mais aprofundado, plural, polifônico, além de mais inclusivo, sensível e humanizado”.