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Reitora e servidores da UFOP recebem título de Cidadania Honorária da Câmara de Ouro Preto

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Letícia Conde
Com o objetivo de prestigiar e reconhecer personalidades e instituições que realizam trabalhos importantes no município, a Câmara de Ouro Preto promoveu, na quarta (4), na Casa da Ópera, uma sessão solene para entrega de Títulos de Cidadania Honorária e Diplomas de Honra ao Mérito. A cerimônia aconteceu na semana em que a Câmara Municipal e a cidade de Ouro Preto comemoram 307 anos de fundação. Dentre os homenageados com o Título de Cidadania Honorária, estavam a reitora Cláudia Marliére e o pedagogo Adilson Santos.

A reitora Cláudia Marliére, natural de Teixeiras/MG, já se considera ouro-pretana, pois mora na cidade de Ouro Preto há 35 anos, o que ultrapassa seu tempo de vida na cidade onde nasceu. Cláudia é também ex-aluna da Universidade Federal de Ouro Preto e conta que Ouro Preto é uma cidade que lhe proporcionou muitas oportunidades e, ainda como estudante, achava que nunca seria feliz se morasse em outro lugar. "Eu fiz todos os esforços para ficar aqui. No meu caso, foi amor à primeira vista. Na Universidade, eu sempre estive muito envolvida com a população, com projetos de extensão, e fui conhecendo as pessoas, me integrando à população e fui me realizando, construindo uma vida aqui. Por isso eu sinto muito orgulho, eu acho muito importante fazer parte dessa população. Pela história, pela cultura, pelo que ela representa não só para o estado de Minas Gerais, como também para o Brasil", comentou. 
 

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Letícia Conde
Adilson Santos com o título de Cidadão Honorário de Ouro Preto.
 
Já o pró-reitor adjunto de Graduação e pedagogo Adilson Santos atentou para a importância da discussão de questões raciais na cidade, assunto em que é pesquisador. "Essa cidade, patrimônio da humanidade, além de ter em seu nome a palavra 'Preto', é também uma cidade de muitos negros, muitos pretos, como é o meu caso. O que eu sinto em estar nesse lugar é orgulho pelo trabalho, pela vocação das ações que eu tento desenvolver no município." Ele conta que, ao chegar à cidade, há 24 anos, o lugar do negro era ainda mais demarcado. "Desde então, tentamos, no limite da nossa possibilidade de atuação, contribuir para que esse lugar seja redimensionado." Tentando colaborar com essas questões dentro da Universidade, Adilson é também coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) da UFOP.

Além deles, três ex-servidores da UFOP, Maria Aparecida Fachetti Zurlo e Eurídice Ana Huhn Cristino, aposentadas em 1997 e 1999, respectivamente, e Francisco Solano, também receberam o título de Cidadão Honorários da cidade de Ouro Preto. Maria Aparecida, formada na Escola de Farmácia da UFOP, trabalhava como professora no Departamento de Ciências Biológicas (Debio) e integrou o Conselho Universitário da criação da Ufop, em 1969. Já Eurídice atuava como servidora técnico-administrativa em educação na Escola de Minas. Ouro-pretano, Francisco Solano é músico e maestro da Sociedade Musical Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Foi funcionário da Escola de Minas, no antigo Parque Metalúrgico. 

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