Criado por Administrator em ter, 22/04/2014 - 10:41
Fernanda Marques
O Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (Icsa) recebeu, na quarta-feira (16), um miniconcerto com alunos e ex-alunos do Departamento de Música do Instituto de Filosofia, Artes e Cultura (Demus / Ifac) da UFOP. A apresentação, que homenageou o músico e compositor John Cage, foi realizada no Laboratório de Produção Audiovisual.
Três peças foram apresentadas: 4’33” de John Cage, interpretada pelo tecladista Felipe Malaquias Alves; December 1952 de Earle Brown, por Geovana de Andrade Freire no teclado; e Instrução 61 deL. C. Vinholes, interpretada por Felipe Malaquias Alves (Teclado), Dayvid Lucyan Aguiar de Melo (Percussão), Stephanie Layana Garcia (Flauta-doce) e Pablo Sathler (Contra-baixo).
O diretor musical do miniconcerto e professor do Demus, Guilherme Paoliello, explicou os conceitos de cada apresentação: "A primeira peça é de John Cage, baseada no princípio do silêncio inexistente. Enquanto o instrumentista não toca, todo o ruído ambiental aflora. Mesas arrastando, barulhos do ambiente e a própria expectativa do público. Embora tenha tirado o som da música, ele preserva todos os elementos próprios de um concerto. O concertista, a platéia e, sobretudo, o tempo, 4'33", que é o nome da peça". Ainda de acordo com o professor, o trabalho retrata um recorte temporal, com vários elementos ligados ao acaso e ao lapso do silêncio.
Paoliello explicou também que a segunda peça é baseada em uma partitura gráfica, em que o músico tem muita liberdade de interpretação. "A Giovana escolheu lapsos de silêncio para intercalar com os elementos em sua apresentação", analisou. Já a terceira peça, para um grupo maior, é baseada em uma série de cartões. "Cada cartão contendo um signo sonoro, um ponto, uma linha ou um silêncio", complementa.
A atividade fez parte de um trabalho realizado pela professora Lucília Borges, que leciona a disciplina Estética da Comunicação no curso de Jornalismo da Universidade. O objetivo era que os alunos vivessem a experiência e relatassem depois, de forma descritiva, sensível e poética, a impressão estética que cada um teve do concerto.
Caroline Fernandes, aluna do curso de Jornalismo, ressaltou o estranhamento que sentiu durante a atividade."Foi muito diferente e interessante a experiência. Também foi uma oportunidade de termos um contato maior com a prática durante o estudo de estética".
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