Criado por Administrator em sex, 27/09/2013 - 11:17
Fonte: UFG
A Universidade Federal de Goiás (UFG) realizou nos dias 25 e 26 de setembro o Seminário UFG Inclui 2013. O programa de inclusão de alunos de escola pública, negros de escola pública, indígenas e quilombolas completa cinco anos de existência e com diversos estudantes ingressantes pelo programa já formados e no mercado de trabalho. Diante desse cenário, a Pró-reitoria de Graduação (Prograd) convidou a comunidade universitária para discutir os resultados dos primeiros quatro anos do programa.
Este ano o tema do evento foi Inclusão e Permanência. A intenção é discutir a forma de acesso, já assegurado pelo programa UFG Inclui desde 2009 e pelo sistema de reserva de vagas determinado por lei a partir de 2012, como também o que é preciso para que o aluno selecionado pelas cotas tenha condições de se manter no curso e permaneça na universidade. Segundo a pró-reitora de Graduação, hoje avançamos na discussão. "Há algum tempo a discussão era que as universidades não estavam preparadas para incluir, hoje é clara a preocupação com a articulação entre acesso, inclusão e permanência".
A palestra de abertura foi realizada pelo Coordenador do Núcleo de Apoio Pedagógico, da Pró-reitoria de Graduação da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Adilson Pereira dos Santos. O professor coordena as Ações Afirmativas na UFOP e fez um panorama do desenvolvimento dessas ações no país, mostrando as experiências de universidades pioneiras dessas ações, como a Universidade Estadual do Rio de Janeiro e a Universidade de Brasília.
No primeiro dia do evento, foi feita a análise
dos dados gerais do Processo Seletivo e também do Programa de Assistência
Estudantil. A presidente do Centro de Seleção mostrou amostras de dados de
cursos de alta e baixa concorrência no vestibular e, em geral, o que se percebe
é que há pouca diferenciação entre as notas dos cotistas e dos optantes do
sistema universal. Essa diferenciação só é maior nos cursos de alta demanda,
como Medicina.
Dados e análise - Para a discussão, todos os cursos receberam os dados da Prograd sobre o desempenho dos estudantes nos Processos Seletivos e também nas disciplinas do curso. Cada coordenação realizou estudos desses dados que foram apresentados em pôsteres e apresentações orais realizadas no segundo dia do evento. O que fica claro nos dados é que os estudantes de escola pública têm desempenho praticamente igual ao dos estudantes do sistema universal, mas quando é feita a estratificação dos estudantes negros de escola pública, há uma diferenciação um pouco maior das notas. Por outro lado, a evasão entre cotistas é menor. O que foi colocado por diversos participantes das plenárias é a necessidade de pensar em uma melhor recepção desses estudantes na UFG, um acompanhamento com monitores e tutores para superar falhas de sua formação básica e, além disso, estruturar melhor os cursos para que possam fazer o acompanhamento desses estudantes que devem aumentar nos próximos anos na UFG.