Criado por Administrator em qui, 11/10/2007 - 00:00
Na última quarta-feira, dia 10 de outubro, o Ministério da Educação divulgou a avaliação dos cursos de Pós-Graduação, realizada a cada triênio pela Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Todos os cursos de mestrado e doutorado de instituições públicas e privadas são avaliados e podem receber conceitos que vão de 1 a 7 para cursos de Doutorado e de 1 a 5 para os cursos de Mestrado. As notas 1 e 2 são consideradas ruins — os cursos que recebem tais conceitos ficam sujeitos a fechamento. “Nosso intuito não é fechar os cursos, mas qualificar a pós-graduação brasileira”, explicou o ministro.
Na Universidade Federal de Ouro Preto destacam os cursos de pós-graduação em Ciência Biológicas e de Evolução Crustal (DEGEO) que subiram do nível 4 para o nível 5 e o mestrado profissional em Geotecnia, que subiu do nível 3 para o nível 4.
“Não há sombra de dúvida sobre a excelência da pós-graduação brasileira. Neste sentido, não há paralelo para o Brasil na América Latina”, destacou o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Desafios — “Nosso desafio é fazer com que a qualidade da pós-graduação brasileira chegue às salas de aula da educação básica, dos cursos de graduação e ao setor produtivo”, ressaltou Haddad. De acordo com o ministro, as empresas brasileiras ainda não investem o suficiente no desenvolvimento de pesquisas.
Jorge Guimarães chamou a atenção para o fato de grande parte das patentes registradas no Brasil resultar de pesquisas acadêmicas. “O Brasil tem um quadro distinto do resto do mundo. Aqui, 30% das patentes são registradas por instituições de ensino; no resto do mundo, apenas 5% desse total é fruto de pesquisa acadêmica”, observou. A razão de tal distorção é, segundo Guimarães, a falta de investimento do setor produtivo em pesquisa.
Outro desafio levantado foi a busca da equiparação do nível de qualidade dos cursos de mestrado e doutorado brasileiros com os de graduação. Para o ministro, a criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), instituído em abril de 2004, deve impulsionar esses cursos. “O Sinaes deve fazer pela graduação brasileira, nos próximos anos, o que a Capes faz pela pós-graduação desde 1970”, assegurou Haddad.



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