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Debate aborda trajetória e desafios do Serviço Social

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Com o tema “80 anos de Serviço Social, uma profissão inscrita no Brasil”, o debate encerrou a programação da semana do curso. A mesa contou com a presença da professora de Serviço Social,  Alessandra Ribeiro, e da assistente social da prefeitura de Mariana, Elaine Nascimento. Mediada pelo professor do curso, Esdras de Oliveira, a mesa traçou um panorama histórico do curso e apontou os desafios da profissão na atualidade. 

A assistente social abordou as dificuldades do exercício da profissão. A conscientização das classes que mais precisam das políticas assistenciais sobre seus direitos também foi colocada como um desafio enfrentado pelos profissionais. 

Já a professora Alessandra analisou que, desde a década de 1990, vivemos uma política de ajuste estrutural, como "o combate aos direitos sociais, a ofensiva forte do neoliberalismo contra a classe trabalhadora e a redução do Estado, que é o maior empregador dos assistentes sociais”, assinalou, completando que com a “intensificação da exploração do trabalho, as políticas sociais ficam cada vez mais precárias e contraditórias”. 

Entre os desafios profissionais, abordados por Alessandra, está a luta contra o projeto de lei que permite o ensino a distância para cursos na área de saúde, o que afeta também o Serviço Social, além do cumprimento da lei que institui carga horária de 30 horas semanais para os profissionais da categoria. A professora afirmou que, apesar da ruptura com o conservadorismo no que tange a construção de um projeto de serviço social ao longo dos anos, os profissionais não estão “isolados desta sociedade que vem vivenciando tão fortemente a ofensiva conservadora, principalmente no atual momento", concluiu. 

O primeiro curso de Serviço Social no Brasil iniciou-se na PUC- SP, em 1936. Uma década depois, foi criada a Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social (ABESS). A categoria teve grande participação na luta sindical contra a ditadura militar. Na década de 1970, foram instituídos os programas de pós-graduação. O Brasil é o segundo país que mais possui assistentes sociais, com cerca de 160.000 profissionais.