Criado por Administrator em seg, 19/08/2013 - 12:47
Bruna Fontes
Disseminada
em inúmeros aparelhos, de celulares a computadores e as próprias câmeras
digitais ou analógicas, a fotografia, que comemora hoje o seu dia mundial, teve
origem na invenção do daguerreótipo, um processo fotográfico desenvolvido por
Louis Daguerre, em 1837. Entretanto, foi apenas em 19 de agosto de 1839 que a
Academia Francesa de Ciências anunciou o feito, à época, extraordinário.
Dentro
do curso de Jornalismo da UFOP existe uma disciplina obrigatória no âmbito da
fotografia. O Fotojornalismo utiliza, através da imagem fotográfica, a
informação clara e objetiva a fim de noticiar algo. Por meio do enquadramento
perante o fato, o fotojornalista é capaz de produzir conteúdo imagético para
comunicações impressas, como jornais e revistas, bem como para portais na
internet, além de endossar as informações através da fotografia.
Imprescindível
na área da Comunicação, a fotografia também faz parte destes setores na UFOP.
Além dos alunos das disciplinas que a envolve, a Universidade possui bolsistas
que trabalham nesta área, registrando tudo o que acontece no cenário acadêmico.
Outro momento importante para a
fotografia na Universidade é o Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana –
Fórum das Artes, onde uma equipe de foto é montada para a cobertura dos
diversificados eventos.
Mas
para quem acha que fotografar é simples, um alerta: o fotógrafo domina o uso de
máquinas, lentes e filmes e conhece a fundo as técnicas de revelação, ampliação
e tratamento de imagens analógicas e digitais. Com base em conhecimentos de
iluminação e enquadramento, procura captar da melhor maneira possível a imagem
de pessoas, paisagens, objetos, momentos e fatos políticos, econômicos,
esportivos e sociais. Seu trabalho pode ter cunho jornalístico, documental ou
comercial - por exemplo, ao fotografar produtos e modelos em estúdio. É
possível atuar em jornais, revistas, sites, emissoras de TV, no cinema e em
agências de publicidade.
O curso
Implantado
no segundo semestre de 2008, o curso de Jornalismo da UFOP se preocupa em
refletir e atuar sobre três eixos do processo jornalístico: ética, técnica e
estética.
Para
cumprir essa meta, a grade curricular se articula de modo a mesclar disciplinas
de reflexão teórica e metodológica nas áreas da Comunicação e do Jornalismo,
com disciplinas práticas voltadas para as diversas linguagens das mídias
impressa e eletrônica. Disciplinas identificadas com áreas afins complementam o
elenco de disciplinas obrigatórias, a exemplo do Fotojornalismo e Oficina de
Edição e Jornalismo Visual. A pesquisadora e professora de Jornalismo da UFOP,
Ana Carolina Lima Santos, esclarece alguns pontos sobre a disciplina. “Na cadeira de fotojornalismo, o aluno aprende tanto
a fotografar de forma mais eficiente quanto a ter uma visão crítica sobre os
mais diversos aspectos que envolvem a fotografia enquanto meio de comunicação e
de expressão. Dessa maneira, com a disciplina, abre-se uma oportunidade de os
futuros jornalistas descobrirem uma nova forma de enxergar e de fazer imagens
fotográficas
para fins jornalísticos”.
Ao
longo do curso, os alunos desenvolvem atividades laboratoriais nas áreas do
jornalismo impresso, radiofônico, televisivo e digital, com o suporte de
equipamentos e práticas de simulação da realidade do mercado de trabalho, com
ênfase para as práticas jornalísticas possibilitadas pelos princípios da
convergência digital. A duração do curso é de quatro anos.
Sobre
a importância da especialização em fotografia, Ana Carolina Lima Santos
finaliza: “Especializar-se nisso é, a meu ver, uma forma de ir além no
entendimento e no desenvolvimento da capacidade de comunicar-se e expressar-se
a partir da fotografia, afinal, ela é
uma forma de escrita e de expressão visual. Acredito que pensar a importância
da especialização em fotojornalismo é, antes de tudo, pensar na própria
importância da fotografia para o jornalismo.”
Mercado de Trabalho
O advento
da fotografia digital e o acesso cada vez maior às novas tecnologias da
fotografia provocaram uma transformação no mercado de trabalho no decorrer da
última década. Além do Jornalismo e Publicidade, outro setor aquecido para a
fotografia é o audiovisual, no qual o fotógrafo não apenas faz direção de
fotografia, como passa, ele mesmo, a produzir os vídeos. Ramos pouco
considerados, até recentemente, como o de eventos, vêm se profissionalizando,
com os clientes exigindo cada vez mais qualidade técnica e artística. Todas
essas oportunidades valem tanto para bacharéis quanto para tecnólogos, que têm
atuações e oportunidades muito semelhantes. Ambos também podem ser fotógrafos
de jornais, editoras de revistas e livros, agências de publicidade e
departamentos de comunicação de empresas privadas, além do trabalho
independente nos estúdios de fotografia.
Além
do fotojornalismo, as áreas de atuação em fotografia são diversificadas, como a
área pericial; documentação de situações para investigações policiais e ações
judiciais; arquitetura de interiores; fotografia de maquetes; ambientes e
edifícios para publicações de arquitetura e decoração; banco de dados; projetar,
instalar e administrar arquivos de fotografias e material iconográfico em
museus, instituições e centros de documentação; curadoria; organizar e promover
exposições em museus, galerias, centros de documentação e informação e eventos;
estúdio; fotografia de produtos e modelos para moda, culinária, decoração, publicidade
e venda de produtos e restauração e conservação. (Fonte: Guia do Estudante)