Criado por Administrator em qua, 07/01/2015 - 09:19
Ana Amélia Maciel
No dia 8 de janeiro é celebrado o Dia Nacional da Fotografia e do Fotógrafo, data em que a daguerreotipia, primeiro processo fotográfico a ser anunciado e comercializado ao grande público, chegou oficialmente no Brasil, em 1840. A fotografia profissional é demandada não só para registrar os fatos que serão divulgados na mídia, mas também como ferramenta fundamental em outras áreas, como a cobertura de espetáculos e eventos, e em áreas como a geologia, para registrar os achados rochosos, minerais e paisagens. Também é função requisitada em festas e casamentos, além de campanhas publicitárias.
Na UFOP a disciplina Fotojornalismo é ofertada na graduação em Jornalismo. O professor Marcelo Freire do curso de Jornalismo da UFOP diz que “podemos pensar na fotografia como um elemento fundamental para o jornalismo que tem um desejo enorme de ver as notícias. Hoje os leitores não querem mais apenas ler as notícias. Eles demandam ver essa notícia e a foto é o primeiro elemento a oferecer essa possibilidade”. Assim, nos produtos laboratoriais impressos do curso de Jornalismo, o jornal Lampião e a revista Curinga, “o foco é estimular a relação entre texto e imagem e permitir que os alunos pensem de forma mais autoral na produção”, completa Marcelo.
A Universidade tem diversos ex-alunos que hoje são fotógrafos profissionais. Gabriel Machado, mais conhecido como Biel, cursou Artes Cênicas e atua como fotógrafo de eventos, espetáculos e casamentos. Panmella Ribeiro também cursou Artes Cênicas e, além de fotografar eventos sociais e casamentos, tem um trabalho autoral em que fotografa “pessoas nuas em integração com a natureza”, conforme ela mesma define. Já os jornalistas Paula Peçanha e Lincon Zarbietti, atuam, respectivamente, com fotografia publicitária e fotojornalismo, este último no jornal O Tempo, em Belo Horizonte.
Aprigio Vilanova, ainda estudante do 7º período de Jornalismo, relata que só depois de ingressar no curso de jornalismo é que o prazer intuitivo de fotografar ganhou certo rigor da técnica: "Já cobri alguns eventos e publiquei algumas fotos em sites de notícias”, conta. Ele também afirma que foi na UFOP que “pôde dar o salto do apertar o dedo no disparador para dominar os recursos técnicos e teóricos básicos da fotografia”.
Bruno Arita, também estudante de Jornalismo, tem fotos publicadas no jornal Estado de Minas, coberturas de festivais, como Festival de Inverno, Fórum das Letras, Festival de Verão, entre outras. Para ele “o processo para ser chamado de fotógrafo é algo sério e muito difícil. Uma câmera não me faz fotógrafo. É o olhar, o tempo de vida, a experiência na área”. Sobre os desafios da profissão, Bruno diz que “dificuldade é o equipamento. É uma profissão cara. Existem lentes que custam o preço de um carro. Câmeras idem. Sem contar os riscos de carregar um equipamento assim e ser roubado”.



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